Uma das justificativas para o reajuste da tarifa de água é o valor gasto com a energia elétrica
Uma das justificativas para o reajuste da tarifa de água é o valor gasto com a energia elétrica, que representaria custo significativo no tratamento da água que é levada aos lares uberabenses. Um dos vereadores que encabeçaram a ação da Câmara Municipal de Uberaba (CMU) pela reavaliação da majoração da tarifa, Fernando Mendes (PTB) sugeriu ao Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba (Codau) que utilize a energia fotovoltaica. Trata-se da energia obtida por meio da conversão direta da luz em eletricidade (efeito fotovoltaico), sendo a célula fotovoltaica um dispositivo fabricado com material semicondutor, a unidade fundamental desse processo de conversão.
Recente reportagem apresentada pelo Jornal Nacional, na Rede Globo de Televisão, aponta que mais de 30 mil casas e empresas brasileiras produzem toda a energia de que precisam. Elas usam placas solares. Um dos exemplos citados na matéria foi uma fábrica de roupas em Salvador, que gastava R$3.500 por mês com energia elétrica. Desde que a empresa passou a gerar a própria energia com painéis solares, esse custo despencou para R$70, que é a taxa mínima de consumo em Salvador. Em quatro anos, o investimento de R$150 mil no sistema foi recuperado.
No ano passado, o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista, disse, em matéria do Jornal do Comércio, que a área industrial tem capacidade de investimento maior em energia fotovoltaica do que outros setores. Pelos cálculos apresentados por ele, o tíquete médio da instalação solar-fotovoltaica é de 7kW, para uma indústria seria algo a partir de 200kW a mil kW. A instalação de painéis fotovoltaicos para a produção de mil kW ocuparia cerca de 12 mil metros quadrados, custando, aproximadamente, R$5 milhões.