Foto/Jairo Chagas
Prefeita Elisa Araújo não se posicionou claramente sobre o assunto, mas diz que Executivo adotará postura técnica
A prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) ainda não tem posicionamento definido sobre a conduta a ser adotada quanto à proposição que proíbe o uso da linguagem neutra nas escolas da cidade. Apesar de parecer de inconstitucionalidade, o projeto foi aprovado esta semana na Câmara Municipal. A matéria agora segue para análise do Executivo, que pode sancionar ou vetar a norma.
O autor do projeto, vereador Eloisio dos Santos (PTB), declarou esta semana estar confiante que a proibição da linguagem neutra será sancionada pelo Executivo.
No entanto, ao ser questionada sobre o assunto em entrevista à Rádio JM, ontem, a prefeita não confirmou de imediato a sanção e nem descartou a possibilidade de um veto. Segundo Elisa, a questão será analisada tecnicamente pela Secretaria de Governo para que seja tomada uma decisão sobre o projeto.
Independente da posição que for tomada, Elisa manifestou que não há qualquer planejamento do município de adotar o ensino da linguagem neutra dentro das escolas da Prefeitura durante a atual gestão.
A prefeita ainda avaliou que compreende que a proposta apresentada pelo vereador seria apenas para assegurar que a linguagem neutra não seja inserida no ensino municipal por futuros gestores.
Depois de polêmica no ano passado, o projeto que proíbe o ensino e o uso da linguagem neutra nas escolas públicas e particulares de Uberaba foi reapresentado e acabou aprovado pelo Legislativo, com 11 votos. A votação, entretanto, só foi possível após a maioria dos vereadores se manifestar a favor da derrubada do parecer de inconstitucionalidade da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Apenas os vereadores Caio Godoi (SDD), Celso Neto (PP), Paulo César Soares China (PMN), Elias Divino (Podemos), Rochelle Gutierrez (PP) e Tulio Micheli (SDD) foram contrários à derrubada do parecer e à aprovação do projeto.