PROTESTO

Com máscaras, servidores da Segurança exigem reajuste e protestam contra Zema

Lideranças alertam para situação limite e que é necessário negociação para evitar uma paralisação da categoria

O Tempo
Publicado em 30/04/2024 às 15:07Atualizado em 30/04/2024 às 15:46
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Forças de Segurança protestam por reajuste na Cidade Administrativa (Foto/Flavio Tavares/O Tempo)

Forças de Segurança protestam por reajuste na Cidade Administrativa (Foto/Flavio Tavares/O Tempo)

Servidores das Forças de Segurança de Minas Gerais lotam a entrada da cidade administrativa, sede do governo do Estado, nesta terça-feira (30), para protestar contra o governo Romeu Zema (Novo). Com máscaras e faixas contra o governador, eles exigem reajuste salarial e que a administração estadual cumpra acordos feitos com a categoria.

A manifestação reúne policiais militares, civis e penais, bombeiros militares, agentes socioeducativos, diversas lideranças de sindicatos e parlamentares.

“Esse governo está há mais de cinco anos ignorando a necessária recomposição das perdas inflacionárias. No momento, a tropa já está amargando mais de 40% de perda, só que agora soma-se a isso uma mudança de contribuição que o governo deseja aprovar para o IPSM (previdência militar), que não apenas vai inviabilizar a recomposição dainflação, como vai reduzir o salário do soldado em R$1,48. Ou seja, além de não pagar a recomposição, ele está diminuindo o salário do soldado em mais de R$1”, disse o deputado Cristiano Caporezzo (PL), que é vinculado às forças de segurança.

Segundo o parlamentar, o tema da segurança pública é um ponto fraco da relação entre o governo e os parlamentares e que os deputados vão continuar pressionando a administração estadual para que amplie o diálogo com a categoria. Caporezzo afastou a possibilidade de uma paralisação da categoria, mas alertou que é necessário um diálogo com os servidores.

"Se o policial guardar o porrete em casa, o crime domina. E eu tenho certeza que não é isso que a nossa sociedade merece e que não é isso que o governo deseja", avalia.

Para o deputado Sargento Rodrigues (PL), o governo está arriscando demais. “A polícia vai cruzar os braços. O Zema apostou nisso. Porque além do policial estar lutando pelas perdas salariais, agora tem que lutar para não descontar a previdência”, diz o parlamentar.

Os servidores carregam faixas e um carro de som onde os parlamentares têm se revezado nos discursos e cobranças ao governo Zema. 

Proposta

O governo Romeu Zema anunciou um reajuste de 3,62% para todas as categorias da administração estadula, inclusive às forças de segurança. 

Lideranças das forças de segurança e parlamentares como o deputado federal Pedro Aihara (PRD) rechaçaram a proposta e destacaram que ela está longe de atender às necessiadades dos servidores.

"A proposta que foi apresentada pelo governo, em que pese, nós sejamos completamente sensíveis à difícil situação fiscal do Estado, ela não contempla sequer a inflação do ano passado. A gente fala de uma inflação que somente do ano passado, ela chegou próximo de 5%, ou a indicação da recomposição, ela vai pouco mais de 3%", lamenta o parlamentar.

Operação tartaruga
Alguns representantes de sindicatos presentes ao ato não afastam a possibilidade de paralisação. 

“A categoria recebeu isso com uma indignação total. Esperava-se que o governo mandasse algo mais robusto, pegando pelo menos a inflação dos últimos três anos. Então, nós vamos tomar as atitudes que tiver que tomar, se a gente precisar de trabalhar com futuras paralisações nas atividades, trabalhar na estrita legalidade, com certeza a categoria vai aderir”, explicou Wemerson Oliveira, presidente do sindicato.

Também conhecida como “operação tartaruga”, a estrita legalidade é a greve feita pelos policiais, que passam a cumprir apenas o básico da lei, tornando o processo mais lento.

Fonte: O Tempo

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