Vereador Thiago Mariscal (PSDB) usou as redes sociais para denunciar um suposto caso de estupro ocorrido dentro do Centro Administrativo da Prefeitura de Uberaba. A vítima seria uma funcionária de uma empresa terceirizada, responsável pelos serviços de limpeza no local.
De acordo com o parlamentar, a mulher, de 40 anos, relatou que o crime teria acontecido há cerca de quatro meses, em um dos banheiros do prédio. A vítima registrou um Boletim de Ocorrência e obteve uma medida protetiva contra o suspeito, um servidor efetivo lotado na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.
Segundo o vereador, a mulher afirmou ter recebido apoio da Prefeitura num primeiro momento, mas, após a abertura do inquérito policial, não teria obtido mais retorno do Executivo. Ela também relatou ter sido assediada pelo mesmo servidor depois de informar que tomaria providências legais. Ainda conforme seu relato, há testemunhas do assédio e exames médicos que comprovariam a violência sofrida.
A funcionária afirma ter desenvolvido traumas psicológicos em decorrência do episódio e declara não ter condições de retornar ao trabalho.
Em nota oficial, a Prefeitura de Uberaba informou que tão logo teve conhecimento das denúncias envolvendo o servidor adotou as medidas necessárias para garantir a apuração rigorosa dos fatos e o acolhimento das vítimas. Segundo o comunicado, foi instaurado procedimento administrativo e o acusado, afastado de suas funções.
Durante a investigação interna, quatro vítimas e uma testemunha foram ouvidas. Uma das vítimas relatou, posteriormente, também ter sido estuprada. Diante da gravidade, a Administração Municipal encaminhou o caso à Polícia Civil, que conduz o inquérito criminal.
A Prefeitura ressaltou que está oferecendo às vítimas acompanhamento psicológico, orientação jurídica e suporte integral, preservando sua privacidade e dignidade. “Reforçamos que, por se tratar de situações de extrema sensibilidade, a exposição pública do caso é tratada com a máxima responsabilidade, resguardando o bem-estar físico e emocional das vítimas”, informa o texto.
O servidor permanece afastado e não retornará às atividades no Centro Administrativo. O processo administrativo segue em andamento e eventuais sanções serão aplicadas conforme a legislação que rege o funcionalismo público.
Por fim, a Prefeitura reiterou seu compromisso com o combate a qualquer forma de assédio ou violência e com a construção de um ambiente seguro e respeitoso para todos os cidadãos e servidores.