Além da oferta de ministérios, outras ações já estariam em negociação para um futuro governo Michel Temer (PMDB). O vice-presidente estuda negociar com o PSDB o comando da Câmara dos Deputados a fim de garantir o apoio dos tucanos a seu provável governo.
E o comando da Casa pode parar nas mãos do PSD, atual partido do deputado federal Marcos Montes. De acordo com informações que circulam na imprensa nacional, a ideia agrada a lideranças de partidos que defendem maior equilíbrio de forças entre as siglas no Congresso. Basicamente, essas lideranças não querem que o PMDB fique ao mesmo tempo com as presidências da República, do Senado e da Câmara.
A ideia original do "centrão" é emplacar um dos seus na sucessão de Eduardo Cunha (PMDB). Nesse caso, os primeiros da lista são Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO). Os dois ocuparam, respectivamente, a presidência e a relatoria da Comissão Especial do impeachment. Se eleito, Rosso, que é líder do PSD, abriria a vaga no comando das decisões do partido na Câmara. O posto poderia ser ocupado por Montes, que é um dos vice-líderes do partido. Além do deputado uberabense, também ocupam a vice-liderança do PSD os deputados Paulo Magalhães, Joaquim Passarinho, João Rodrigues, Danrlei Hinterholz (ex-goleiro do Grêmio), Herculano Passos, Rômulo Gouveia, Índio da Costa e Jefferson Campos.
FPA. Montes, que é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), se reuniu com Temer na sala da vice-presidência, no Palácio do Planalto, onde entregou uma lista de prioridades para o setor do agronegócio e para o Brasil de um modo geral. Pelo menos dez deputados e três senadores, além das entidades do agronegócio, como Aprosoja e IPA (Instituto Pensar Agro), participaram do encontro. "A FPA foi a primeira frente parlamentar a se posicionar a favor do impeachment da presidente da República e precisa agora apoiar o vice, que irá substituí-la assim que ela for afastada pelo Senado", disse Marcos Montes.