Legislação permite, com a implantação de parques, intervenções de baixo impacto, que beneficiam a população e protejam as nascentes
De acordo com o engenheiro agrônomo José Sidney da Silva, que atuou como diretor de Recursos Ambientais da Secretaria de Meio Ambiente no governo do então prefeito Anderson Adauto, é importante a implantação do Parque da Quinta do Boa Esperança. O engenheiro agrônomo acompanhou a implantação de dois grandes parques da cidade: Parque das Acácias (Piscinão) e o Parque do Paço, próximo ao Fórum Melo Viana.
De acordo com ele, esta é a única oportunidade técnica de preservar a Área de Proteção Ambiental (APP), berço de três nascentes de água, que está instalada no perímetro urbano de Uberaba. Segundo ele, os parques lineares – aqueles que em seu entorno possuem uma via pública – oferecem proteção ambiental e reduzem as massas de calor.
Um estudo técnico, publicado pela Universidade de Uberaba, aponta que na Mata do Carrinho e na Mata do Ipê, a temperatura média é de 28º. No Parque das Acácias, que possui poucas árvores, porém, há o espelho d’agua, esta temperatura média é um pouco maior, entre 29º e 30º. O estudo ainda comprovou que nas imediações da Quinta da Boa Esperança, a temperatura média também é de 28º. No centro da cidade, por exemplo, onde não existe área verde, a temperatura média supera 34º. “Esta é a grande diferença”, afirma.
Conforme explica, a legislação permite, com a implantação de parques, algumas intervenções, de baixo impacto, que beneficiam a população e protejam as nascentes instaladas nas áreas urbanas.
Ainda de acordo com José Sidney, várias cidades utilizam desta política para a preservação ambiental. Ele cita como exemplo, o Parque do Ibirapuera, em São Paulo e o Parque do Sabiá, em Uberlândia. “É um ganho ambiental para Uberaba”, conclui.