Manifestação da TGBC ocorreu durante reunião para alinhar ações visando também a retomada do projeto da fábrica de amônia de Uberaba
Grupo de trabalho foi articulado pelo ex-prefeito Anderson Adauto e discute a questão dos fertilizantes no Brasil (Foto/Divulgação)
Em reunião realizada ontem em São Paulo para alinhar ações visando a retomada dos projetos da fábrica de amônia e do gasoduto, TGBC manifestou que continua com interesse na construção do duto que sairia de São Carlos (SP) para atender o Triângulo Mineiro e, também, o interior de Goiás.
Presente na reunião, o diretor administrativo e financeiro da TGBC, André Macedo, posicionou ao ex-prefeito Anderson Adauto e lideranças classistas que já o processo para renovação da licença ambiental do gasoduto está em fase avançada. A empresa tem expectativa de concluir o licenciamento até o fim de setembro.
Segundo Adauto, a empresa tem interesse em viabilizar o duto para alimentar as plantas termelétricas recém-aprovadas pela Medida Provisória que definiu pela privatização da Eletrobras e estabeleceu regiões que serão beneficiadas para a construção de novas térmicas, incluindo o Triângulo Mineiro na lista.
O ex-prefeito posiciona que o encontro também foi aproveitado para que o representante da TGBC tomasse conhecimento sobre as discussões em andamento quanto ao custo para trazer o gás ao Triângulo Mineiro.
Além de atualizar as informações com a TGBC, AA posicionou que foi acertado na reunião ontem que a Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) ficará responsável pela coordenação dos trabalhos envolvendo o gasoduto e a fábrica de amônia. Ele salientou que a participação da entidade é necessária para assegurar a continuidade do projeto, pois o país está em período eleitoral e ainda não há definição de quem estará à frente do governo a partir do ano que vem.
Segundo o ex-prefeito, a associação ficará responsável por conduzir os trabalhos para atualizar a proposta de implantação da fábrica de amônia e ureia em Uberaba.
O grupo também atuará com os produtores de gás para apresentar um levantamento referente ao custo para trazer a matriz energética ao Triângulo, não ficando restrito apenas ao empreendimento encabeçado pela TGBC. “São vários produtores de gás nos poços de petróleo do Pré-sal. Vamos conversar com cada um deles e mostrar a necessidade da região. Queremos definir custos para o gás sair do pré-sal e chegar em terra. São poços a mais de 200 quilômetros da costa. Agora será feito cálculo para checar se é possível construir a estrutura dos dutos para trazer o gás a Uberaba por algo em torno de 6 dólares por 1 milhão de BTUS. Na avaliação inicial, houve indicação que sim”, finalizou.