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Prefeitura descartou qualquer reajuste salarial e aumento no tíquete-alimentação para servidores este ano. O posicionamento foi apresentado aos sindicalistas pelos integrantes do Comitê de Gestão Financeira. A prefeita Elisa Araújo (PSD) não participou da reunião com os representantes do funcionalismo.
Entre as reivindicações da pauta, a categoria pleiteava reajuste de 15%, incluindo 4% de aumento real e a variação da inflação medida pelo INPC ao longo de 2024; aumento do tíquete-alimentação de R$1.040 para R$1.144, e abono natalino no valor de R$418,39.
De acordo com o presidente do SSPMU (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba), Luís Carlos dos Santos, nenhuma contraproposta foi apresentada pelo Executivo e houve negativa até de conceder a recomposição salarial referente à variação da inflação no último ano. “Nunca tivemos uma situação tão ruim quanto essa. Recebemos ‘não’ em tudo. A resposta foi 0% no tíquete, 0% nos salários e nada de abono natalino”, declarou.
O sindicalista informou que apenas houve abertura para a revisão do plano de carreira, que também integra a lista de demandas da categoria. No entanto, Santos pondera que os trabalhos só devem ser finalizados no ano que vem.
O resultado da reunião agora será comunicado aos servidores em assembleia. Apesar de considerar o posicionamento do governo frustrante e criticar a demora para o início das negociações, o líder sindical manifestou que a paralisação de atividades ainda não está sendo colocada em pauta.
Santos posicionou que a deflagração de greve não está descartada, mas dependeria de adesão efetiva da categoria. “A princípio, não vamos propor. Vamos deixar o servidor se manifestar em assembleia. É uma atitude que precisa ter segurança. Fazer um movimento com um pingado de gente enfraquece mais o pleito”, declarou.
Por meio de nota, o secretário municipal de Fazenda, Roberto Tosto, afirmou que a ausência de reajuste foi uma decisão para manter o equilíbrio nas contas municipais. “Não podemos comprometer nossa capacidade financeira além do nosso limite. Essa decisão não é fácil, porém necessária para que os serviços públicos continuem funcionando”, encerrou.