Definições para consolidar projeto do gasoduto até o Triângulo Mineiro devem acontecer até maio deste ano. A perspectiva é do ex-prefeito Anderson Adauto, que integra o grupo formado para elaborar a proposta de interiorização do gás.
Em entrevista à Rádio JM, AA posicionou que as articulações em torno do projeto do gás não pararam, mas trata-se de um processo complexo e demanda tempo para ser concretizado.
Adauto ressaltou que o governo federal precisa tomar decisões políticas para avançar na questão do gás. Entre as medidas, ele citou a criação de uma empresa de gás no Brasil, o que depende de envio de projeto ao Congresso Nacional para aprovação. “Ou acontece até maio ou todo o processo de macrodefinição definha. Estamos acreditando que vai acontecer”, manifestou.
De acordo com o ex-prefeito, a proposta seria transformar a estatal PPSA em uma empresa de gás, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não se manifestou sobre o assunto. A expectativa é um posicionamento em breve para dar andamento às tratativas com os parlamentares e alterar a legislação. “Se as decisões forem todas tomadas até maio, conseguimos uma curva para as coisas acontecerem antes de 2026. Tanto para a empresa quanto para o governo é importante que todas as decisões sejam tomadas em ano que não seja eleitoral”, salientou.
Paralelamente, AA afirmou que o grupo conseguiu acertar a possibilidade real para que o gás dos primeiros contratos firmados no ano passado seja direcionado a novos projetos e a questão deverá favorecer Uberaba, que tem investimentos previstos para serem implantados.
O decreto que institui o programa federal “Gás para Empregar” e estabelece critérios para viabilizar a implantação do polo gás-químico em Uberaba foi assinado em agosto do ano passado.
Na esteira, a empresa Be8 entregou o projeto da fábrica de biodiesel, que deve ser construída no Distrito Industrial 3. Com equipamentos já adquiridos, o início das obras para a implantação da unidade em Uberaba está previsto para este ano.
O projeto da fábrica de biocombustíveis é considerado um dos investimentos âncora para viabilizar o gasoduto até o Triângulo Mineiro, ao lado de uma usina termoelétrica e da planta de amônia.