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Elisa anuncia investimento da CMAA na produção de biogás

Unidade será instalada na Usina Vale do Tijuco em Uberaba, numa parceria com a Mitsui, e o gás produzido a partir dos resíduos da cana-de-açúcar deverá ser distribuído na região pela Gasmig

Gisele Barcelos
Publicado em 25/04/2025 às 18:06Atualizado em 25/04/2025 às 21:02
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Anúncio foi feito pela prefeita Elisa Araújo (Foto/Divulgação)

Anúncio foi feito pela prefeita Elisa Araújo (Foto/Divulgação)

Durante a abertura da Safra Mineira de Açúcar e Álcool ontem, a prefeita Elisa Araújo (PSD) anunciou investimento de R$200 milhões da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) para a implantação de unidade destinada à produção de gás biometano no Triângulo Mineiro.

No pronunciamento, a chefe do Executivo informou que a empresa assinou nesta semana protocolo com a Mitsui Gás e Energia do Brasil para o desenvolvimento de projetos para a produção de gás biometano em escala comercial a partir de resíduos da cana-de-açúcar. Segundo ela, a unidade de biogás será instalada na Usina Vale do Tijuco, entre Uberaba e Uberlândia.

A prefeita adiantou à reportagem do Jornal da Manhã que a perspectiva é que a obra para implantação da unidade comece ainda em 2025, com perspectiva de conclusão da nova planta no prazo de 18 meses.

A partir da entrada em operação da unidade e o início da produção de biometano, Elisa salientou que a distribuição para as cidades da região será via Gasmig e tratativas já foram iniciadas com a estatal para viabilizar a estruturação da rede de fornecimento.

Com o investimento, o objetivo é fornecer gás natural competitivo e de baixo carbono para indústrias locais e para o setor de transportes, contribuindo para a transição energética do Brasil. “Será a chegada do tão sonhado gás para o Triângulo Mineiro. E poderá ser utilizado para abastecer indústrias e veículos”, acrescentou a prefeita.

O Projeto Vale do Tijuco será o marco inicial da parceria entre a CMAA e Mitsui, tendo como base o aproveitamento de resíduos como vinhaça, torta de filtro e bagaço da cana-de-açúcar. Os materiais serão processados por meio de digestão anaeróbia — tecnologia que permite a conversão de matéria orgânica em biogás e, posteriormente, em biometano de alta qualidade.

O biometano produzido oferecerá uma alternativa ao gás natural de origem fóssil e ajudará a diversificar a matriz energética de Minas Gerais. Além de reduzir a dependência de combustíveis fósseis, o projeto contribuirá diretamente para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa.

Mais aportes. No evento, a CMAA anunciou um plano de investimentos de R$3,5 bilhões até 2033 para ampliar a capacidade de produção nas usinas localizadas em Uberaba, Limeira do Oeste e Canápolis.

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