POLÍCIA

Operação policial mira integrantes do PCC encarregados de castigar devedores

Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão nas cidades de Piraquara (PR) e Uberaba

Publicado em 13/01/2020 às 17:31Atualizado em 18/12/2022 às 03:28
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Operação desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) vira coibir a consolidação da atuação do Primeiro Comando da Capital. Houve desdobramento em Uberaba, que estava entre os mandados cumpridos na nova ofensiva – foram dois de prisão preventiva e três de busca e apreensão tanto em Uberaba quanto em Piraquara, no Paraná.

Segundo informações da corporação, os criminosos eram responsáveis por definir castigos a serem aplicados nos faccionados inadimplentes, que possuem dívidas com o PCC. Em uma ligação monitorada pela PCDF, um interno conduzia uma espécie de ritual de punição contra um dos integrantes da facção. Todas as ordens eram dadas de dentro do presídio via celular.

A ação, coordenada pela Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac), da PCDF, dá sequência à Operação Guardiã 61, deflagrada em 7 de janeiro. As buscas foram realizadas em presídios de Piraquara e de Uberaba. A reportagem acionou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP para detalhes do cumprimento de mandados na penitenciária Aluízio Ignácio de Oliveira, mas até o fechamento desta matéria o órgão ainda não havia se posicionado. O espaço segue aberto à manifestação.

Em meio à diligência, realizada numa cela no Presídio de Piraquara, que contou com o apoio do Setor de Operações Especiais do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do estado do Paraná, foi encontrado um aparelho de telefone celular, além de bilhetes manuscritos.

Na investigação da Polícia Civil do DF, por meio da Operação Guardiã 61, os investigadores constataram uma intensa comunicação feita por parte de um dos internos do Paraná com os criminosos que estão soltos.

As apurações foram iniciadas em fevereiro de 2019, quando foi detectada, pela inteligência da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) do DF, ameaça à juíza titular da Vara de Execuções Penais. As intimidações vieram de detentos da Papuda que integram a organização criminosa.

Logo depois, com a transferência da cúpula do PCC para o Presídio Federal do Distrito Federal, em março de 2019, a investigação teve seu foco apontado para eventual movimento da facção no sentido de fortalecer sua base no DF.

Essa ação ficou demonstrada por meio da abertura de uma célula, antes não existente na capital, composta por advogados. Ela foi chamada “sintonia dos gravatas”. Houve, ainda, a instalação de uma “casa de apoio” da facção em Taguatinga.

A Divisão de Repressão a Facções Criminosas da PCDF realiza há mais de seis anos o combate a organizações criminosas no Distrito Federal e tem contado com o apoio da Depen e da Sesipe. 

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