Agentes socioeducativos aderem à greve estadual

Jairo Chagas

Apenas 30% do efetivo vai trabalhar, com impacto negativo para a rotina do Cseur e para as questões de segurança

A partir de hoje os agentes do Cseur (Centro Socioeducativo de Uberaba) entram em greve, assim como agentes socioeducativos de todo o Estado de Minas Gerais, que iniciaram paralisação por tempo indeterminado na manhã de ontem.

Segundo informações do Sindicato dos Servidores do Sistema Socioeducativo de Minas Gerais (Sindsisemg), da mesma forma que outros centros socioeducativos de Minas, como determina a legislação, no Cseur, 30% do efetivo vai trabalhar. Os outros 70% ficarão mobilizados na portaria do antigo Caresami. Diante disso, todo o efetivo do Cseur a partir de hoje está de greve, tendo em vista que os funcionários técnico-administrativos estão paralisados desde o dia 27 de fevereiro deste ano.

O governo estadual não atendeu às exigências do sindicato da categoria, que pede melhorias salariais e nas condições da carreira. Os salários das duas categorias (agentes e funcionários técnico-administrativos) estão congelados desde 2015 e, por enquanto, governo nega possibilidade de negociação. “O impacto disso para a rotina do Cseur e para as questões de segurança é gravíssimo. Um problema muito delicado”, lamentou o diretor Wilson Júnior.

O Sindsisemg informou que estão mantidos os atendimentos judiciários, médicos e de alimentação dos internos. Ainda de acordo com o sindicato, a categoria decidiu pelo estado de greve em fevereiro, sendo que o governo chamou para uma negociação e pediu 45 dias para responder à pauta de reivindicações. Na semana passada houve reunião entre o Sindsisemg e a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), mas não houve retorno das demandas. Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) confirmou que o governo de Minas Gerais está aberto ao diálogo e em constante negociação com a categoria.