MAIS UM CASO

Adolescente é flagrada com faca em escola estadual de Uberaba

A jovem alegou estar sendo ameaçada por colega que sofre de Transtorno do Espectro Autista e teria se armado para se defender

Carlos Paiva
Publicado em 17/06/2025 às 11:32Atualizado em 17/06/2025 às 19:32
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Adolescente de 13 anos foi flagrada, na manhã dessa terça-feira (17), portando uma faca na cintura, dentro de escola estadual no município de Uberaba. A informação foi confirmada pela direção da instituição, que relatou ter recebido, por volta das 9h, a denúncia de que uma aluna estaria com a arma branca no interior da unidade. A diretora localizou a estudante e recolheu o objeto, acionando imediatamente a Polícia Militar e a mãe da adolescente.

Conforme a Polícia Militar, durante o atendimento da ocorrência, na presença da genitora, a adolescente relatou espontaneamente que levou a faca para se defender de uma colega com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que, segundo ela, já a teria ameaçado em outras ocasiões. A estudante afirmou ainda que, na véspera do fato (segunda-feira, 16), a aluna teria tentado agredi-la novamente e que o caso já havia sido comunicado à direção da escola, mas nenhuma providência teria sido tomada.

Diante da gravidade da situação, a direção informou que a aluna será transferida para outra unidade da rede estadual. A Polícia Militar conduziu a adolescente, acompanhada da mãe, até a Delegacia de Plantão da Polícia Civil.

A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da assessoria de comunicação, confirmou que a adolescente foi ouvida na presença de seu responsável legal e, em seguida, liberada. A autoridade policial lavrou um Boletim de Ocorrência Circunstanciado (BOC), referente a ato infracional análogo ao crime previsto no artigo 19 do Decreto-Lei 3.688/41 (porte de arma branca). Foi assinado um termo de compromisso de entrega sob guarda e responsabilidade da mãe.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) afirmou que a direção da escola adotou todas as medidas cabíveis, acionando o Conselho Tutelar e o Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), que prestará suporte psicossocial às estudantes envolvidas. A pasta informou ainda que ambas as alunas serão transferidas para outras unidades escolares e reforçou seu compromisso com a promoção de um ambiente seguro, destacando programas preventivos, como a Patrulha Escolar e o Projeto Socioemocional, desenvolvidos ao longo do ano letivo.

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