POLÍTICA

Presidente da CEI sinaliza com abertura de Comissão Parlamentar Processante

Gisele Barcelos
Publicado em 15/06/2021 às 20:52Atualizado em 18/12/2022 às 14:42
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Às vésperas da leitura na Câmara Municipal do relatório referente à apuração denúncias de irregularidades na vacinação contra a Covid-19 em Uberaba, o presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI), Marcos Jammal (MDB), sinalizou que a instauração de uma Comissão Parlamentar Processante (CPP) pode ser recomendada e submetida à aprovação dos demais parlamentares.

A leitura do relatório da CEI está confirmada para a sessão desta quarta-feira (16). Em entrevista à Rádio JM, Jammal não especificou as conclusões do documento e nem quais irregularidades teriam sido verificadas na aplicação das vacinas em Uberaba, porém acenou para a possibilidade de propor a abertura da CPP. “Da parte da comissão e da maioria dos vereadores, tenho certeza que vai ser instaurado procedimento para que depois Prefeitura faça contraditório e ampla defesa para demonstrar se houve ou não os fatos apontados na CEI”, declarou.

Jammal apenas antecipou que um dos problemas verificados durante os trabalhos da CEI foi a falta de segurança na Central de Vacinas, pois não havia câmeras de vigilância no local para monitorar o acesso ao estoque e nem um vigilante de empresa especializada para evitar o roubo de imunizantes contra a Covid-19.

De acordo com o vereador, não havia sequer a presença de guarda municipal na unidade e apenas um vigia da Prefeitura estaria a cargo da segurança do local onde são armazenados os imunizantes. “A gente entende que guarda está cuidando da fiscalização [das regras de enfrentamento à pandemia], mas uma vigilância contratada a Prefeitura devia se organizar para ter. Até pelo número de vacinas que tinha no estoque”, pondera.

O presidente da comissão afirma que a situação foi comunicada pessoalmente ao secretário municipal de Saúde, Sétimo Bóscolo, antes da conclusão da CEI. No entanto, até a semana passada, o parlamentar afirma que nenhuma providência havia sido adotada. “Informamos a fragilidade da central de vacinas. Os imunizantes são escoltados por policiais militares e quando chega ao destino fica ao Deus dará”, reforça.

A reportagem do Jornal da Manhã solicitou um posicionamento sobre o questionamento do vereador sobre a falta de segurança na Central de Vacinas. Em nota, o secretário municipal de Saúde manifestou que, normalmente, dois guardas municipais ficam na área externa da central e mais uma pessoa na parte interna para garantir o funcionamento da câmara fria, que também conta com um sistema de alarme para proteção.

No texto, o titular da pasta ainda argumenta que acha desnecessária a instalação de câmeras no local, pois a presença do guarda municipal é o que impõe mais respeito.

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