Fotos/Israel Junior
Presidente da Codau, José Waldir de Souza Filho, diz que a situação da Prainha está sendo apurada pela nova gestão
Prevista anteriormente para ser finalizada em meados deste ano, obra de implantação da represa no rio Uberaba está paralisada e sem data, no momento, para ser retomada. A revelação foi feita ontem pelo presidente da Codau, José Waldir de Souza Filho, em entrevista à Rádio JM.
De acordo com o novo dirigente da autarquia, a atual administração recebeu a obra já parada. A empresa responsável foi acionada e justificou que a interrupção dos trabalhos foi solicitada no ano passado devido a erros no projeto técnico.
Waldir afirma que a situação ainda está sendo apurada pela nova gestão para identificar quais seriam os erros no projeto da represa. Um dos problemas, segundo ele, pode ser relacionado à área de domínio da ferrovia próxima à obra e, também, a questões ambientais.
Segundo o presidente da Codau, levantamento da documentação referente à obra está sendo feito, para identificar os problemas que teriam levado à paralisação da obra. Antes da análise dos dados, ele afirma que não tem como se manifestar sobre os próximos projetos a serem tomados. “Teremos uma decisão só depois de estar com as informações em mãos. Estamos coletando dados e queremos ter tudo até o fim deste mês”, posiciona.
Na entrevista, Waldir informou que a informação é que somente 10% do cronograma de execução da represa esteja finalizado, porém, as medições estão sendo verificadas para confirmar a condição atual da obra.
Questionado, o presidente da Codau alegou que uma análise preliminar aponta que a represa teria capacidade suficiente somente para atender a demanda da cidade por 19 dias, e não por três meses como foi divulgado anteriormente. “Dando uma olhada no projeto inicial, a barragem não traz benefício à cidade”, completou.
Além disso, ele defendeu a retomada da proposta para a implantação de uma segunda captação direta do rio Claro até a estação de tratamento de água. “Deve se atentar em ter vários pontos de captação para uma cidade do tamanho de Uberaba, justamente por causa dos problemas que podem acontecer, como o descarrilamento de um trem que possa afetar o manancial. É uma questão de segurança do município”, finalizou.