POLÍTICA

Retorno às aulas presenciais não é consenso entre escolas particulares

Gisele Barcelos
Publicado em 26/09/2020 às 20:21Atualizado em 18/12/2022 às 09:46
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Marcos Mariano adianta que medidas judiciais estão sendo estudadas para barrar o retorno

Apesar de autorização para volta das aulas presenciais em outubro, retorno das atividades não é consenso entre as escolas particulares da cidade. Pelo menos, três instituições de ensino já teriam manifestado que devem encerrar o ano de 2020 apenas com as aulas remotas em função da pandemia de coronavírus.

Em entrevista à Rádio JM, o presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) em Uberaba, Marcos Mariano, afirma que os colégios Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora das Dores já comunicaram publicamente a decisão de manter o ensino remoto até o fim de 2020. Além disso, ele adianta que o mesmo caminho está sendo estudado e pode ser seguido pelo Marista Diocesano.

O sindicalista ressalta que espera a abertura de um diálogo com o comitê de enfrentamento do coronavírus antes de qualquer decisão final sobre a retomada das aulas presenciais na cidade. Marcos também adianta que medidas judiciais estão sendo estudadas para barrar o retorno. “Se autorizado retorno pelo comitê local e as escolas optem pelo retorno da aula presencial, vamos ajuizar ações trabalhistas no sentido de garantir que os professores recebam a insalubridade no grau máximo. Também vamos ingressar com ação civil para garantir a responsabilização por parte dos donos das escolas e do comitê”, manifesta.

Já a diretora do colégio Marista em Uberaba, Cristine Vieira Castro, manifestou que foi surpreendida com a autorização para volta às aulas em outubro. “Essa notícia do retorno de forma tão rápida e intempestiva nos pegou de surpresa porque não havia nenhuma sinalização que aconteceria tão breve”, disse em entrevista à Rádio JM.

A gestora lembra que as instituições de ensino tiveram que improvisar no meio do primeiro semestre para capacitar os professores e implantar em curto prazo um sistema virtual de aulas devido à suspensão das atividades presenciais em função da pandemia. Segundo ela, o retorno a poucos meses do fim do ano colocaria novamente as escolas em dificuldade. “Estamos vivendo a mesma angústia. Nos causa espanto pelo pouco tempo antes encerrar o ano. Seria necessária uma nova adaptação dos alunos, dos professores e da estrutura da escola [...] Pedagogicamente falando, um retorno faltando 45 dias para o fim do ano seria extremamente prejudicial”, pondera.

A diretora do Marista salienta que demarcação do espaço para distanciamento dos alunos, separação de portarias para evitar aglomerações e outros protocolos sanitários estão sendo estudados para uma eventual volta às aulas este ano. No entanto, ela salienta que ainda aguarda a resposta das famílias sobre o interesse no retorno das atividades presenciais. “Estamos primeiro ouvindo as famílias para depois nos pronunciarmos quanto a isso”, encerra. 

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