Proposta foi formalizada junto ao prefeito Paulo Piau por meio de ofício assinado por representantes de associações comerciais, industriais, sindicatos e associação de bairro
Foto/Arquivo
Elisa Gonçalves de Araújo, presidente da Fiemg – Regional Vale do Rio Grande, argumenta que vários imóveis tombados na região central acabam ficando fechados
Lideranças empresarias querem flexibilização na lei referente às normas de proteção de casarões históricos no centro da cidade. A solicitação foi formalizada por meio de ofício entregue na última semana pela presidente da Fiemg – Regional Vale do Rio Grande, Elisa Gonçalves de Araújo, ao prefeito Paulo Piau (MDB).
No documento é solicitado que o Executivo avalie a alteração da lei que rege o tombamento, preservação, registro, inventariado de imóveis considerados históricos na cidade, sobretudo os concentrados na região central. O ofício é assinado também por representantes de associações comerciais, industriais, sindicatos e associação de bairro.
Ao entregar o ofício, a presidente da Fiemg posicionou que muitos imóveis concentrados no centro da cidade são considerados tombados ou inventariados e acabam ficando fechados, o que impossibilita a demolição ou mesmo alteração dentro das exigências de empresários que manifestam interesse pela aquisição dos espaços.
Segundo a representante da entidade, a situação resulta nas empresas migrando para outras localidades devido ao entrave para a instalação em áreas do centro. “Defendemos a valorização e a preservação da arquitetura dos imóveis que fazem parte da nossa história. O que queremos é que os critérios de avaliação que culminam no tombamento ou inventário sejam mais técnicos e claros, contribuindo para que todos ganhem, principalmente o município de Uberaba que terá mais investimentos naquela região”, argumenta.
Piau ouviu atentamente as explicações e considerou válida uma avaliação envolvendo todos os atores do processo. “As sugestões serão avaliadas tecnicamente pela Secretaria de Planejamento, representada pelo Nagib Facury, juntamente com o corpo técnico que envolve a Fundação Cultural e Secretaria de Governo”, disse.
De acordo com o prefeito, a ideia é realizar também uma audiência pública para discutir a questão com a comunidade. “A minha proposta é que até o fim de setembro o documento seja encaminhado pela Câmara para realização de audiência pública, que abrirá espaço para os debates e posterior votação. O que não está na direção correta precisa ser acertado em prol da comunidade”, finaliza.