A Câmara Municipal de Uberaba (CMU) passa por um momento de ajustes financeiros, devido à nova realidade orçamentária da Casa em 2017. Assim, o presidente da CMU, Luiz Dutra (PMDB), reagiu à cobrança de explicações da diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (SSPMU) quanto aos gastos com a remuneração de assessores dos gabinetes dos vereadores. Além disso, Dutra ainda acusa: “Essas coisas só podem partir de alguém que quer tumultuar”.
O presidente do SSPMU, Luís Carlos dos Santos, questiona que existe a verba para a remuneração dos assessores, mas os gastos com tíquete-alimentação, férias, 13º salário e rescisões continuam saindo do cofre geral da CMU.
De acordo com Dutra, as contas na CMU são geridas com muito cuidado, uma vez que as receitas sofreram corte em relação ao ano passado, por conta de um novo cálculo para o duodécimo (valor repassado pelo Executivo para manutenção da Câmara). A receita do Legislativo, que ultrapassava os R$2 milhões mensais no ano passado, agora está na casa de R$1,8 milhão. “Em outra ocasião, concedi um abono no fim de ano para os servidores. E parece que isso se tornou obrigatório, mas não é. Fiz quando era possível, agora não é”, frisou Dutra. O presidente da CMU reforçou que trabalha com o máximo de economia para manter o bom funcionamento do Legislativo.
O SSPMU solicitou à Mesa Diretora da Câmara um reajuste de 16,85%, sendo 10% de aumento real e 6,85% referentes à inflação no período de 2015 e 2016. No entanto, o pedido foi negado.