Consórcio Infraestrutura MG, formado pelo Equipav e pela gestora Perfin, apresentou proposta para disputar 627 quilômetros de rodovias estaduais da região
A MG-427, entre Uberaba e Conceição das Alagoas, está entre as concessões que estão em leilão, cuja proposta apresentada será aberta na segunda-feira (Foto/Jairo Chagas)
Leilão para concessão de rodovias estaduais no Triângulo Mineiro recebeu apenas uma proposta. O Consórcio Infraestrutura MG, formado pelo Equipav e pela gestora Perfin, foi o único a apresentar lance para disputar o lote que engloba 627 quilômetros de pistas na região.
A abertura da proposta protocolada pelo consórcio está programada para segunda-feira (8), na sede da Bolsa de Valores em São Paulo. Como o grupo foi o único a apresentar lance, Consórcio Infraestrutura MG provavelmente deverá ser o vencedor do leilão para a concessão das rodovias do Triângulo Mineiro pelo período de 30 anos.
Integrante do consórcio, a brasileira Equipav, que é acionista da Aegea Saneamento, já chegou a atuar no setor de rodovias, mas havia saído do segmento. A Perfin tem presença no setor de infraestrutura, nos segmentos de energia elétrica e saneamento.
Para analistas de mercado, uma surpresa foi a ausência de proposta da EcoRodovias no leilão do lote Triângulo Mineiro. A empresa chegou a estudar a fundo o projeto e era considerada uma forte candidata, pois já opera na rodovia BR-050.
Mesmo com apenas um proposta, o secretário estadual de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Fernando Marcato, declarou à imprensa em Belo Horizonte estar confiante que o leilão das rodovias do Triângulo será bem-sucedido. “Ficamos felizes de ter um entrante no setor. [A Equipav] É um grupo grande que está voltando a atuar em rodovias e que decidiu fazer esse movimento no nosso Estado”, acrescentou.
O bloco do Triângulo Mineiro, que reúne 627,4 km de estradas, prevê R$3,17 bilhões de investimentos, além de R$2,8 bilhões em custos operacionais ao longo dos 30 anos de contrato. O critério do leilão é híbrid o grupo poderia oferecer um desconto na tarifa de até 15% e, depois disso, passaria a valer a maior outorga.
Para além da proposta, o vencedor terá que fazer um pagamento de R$446,68 milhões ao Fundo Estadual de Desenvolvimento de Transportes, recursos que serão utilizados para subsidiar o Lote Sul de Minas, estruturado como PPP.
O atual calendário prevê o encerramento da fase de recursos no dia 31 de agosto, com publicação em 8 de setembro da decisão sobre os questionamentos apresentados. O cronograma não especificou data para homologação do resultado e nem para assinatura do contrato com a concessionária, porém a expectativa do governador Romeu Zema (Novo) é assinar o contrato com a empresa antes do fim do ano.