POLÍTICA

Para conter superlotação, Funepu promove remanejamento de leitos

Gisele Barcelos
Publicado em 23/06/2021 às 06:30Atualizado em 18/12/2022 às 14:51
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Pacientes não Covid, acometidos de outras doenças, são atendidos nos corredores da UPA São Benedito, o que levou a Funepu a promover o remanejamento (Foto/Jairo Chagas)

Após superlotação e dificuldades para transferência de pacientes para hospitais, Funepu remanejou ontem parte dos leitos de Covid-19 na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) São Benedito para suprir aumento do fluxo de pacientes com outras doenças. A medida emergencial foi adotada devido ao crescimento considerável de casos clínicos nos últimos dias, o que levou à colocação de camas nos corredores da unidade.

Em nota, a Funepu manifestou que vem sendo observada uma redução na quantidade de pacientes com problemas respiratórios, enquanto a demanda por atendimentos para pacientes com outras doenças está aumentando consideravelmente. Além disso, o texto ressalta que há dificuldade para a liberação de vagas nos hospitais para a transferência de pacientes, o que resultou nos vídeos que mostravam a superlotação na UPA São Benedito. “É algo que foge ao nosso controle, mas também não podemos simplesmente negar atendimento médico”, continua a nota.

De acordo com a presidente da Funepu, Jesislei Rocha, um remanejamento dos leitos até então destinados para o atendimento de casos de Covid está sendo feito para suprir a demanda dos demais pacientes. “Estamos fazendo um realinhamento da divisão dos leitos nas unidades, que atualmente estão separados entre ‘pacientes Covid e não Covid’. Assim, a área que mais tenha necessidade conseguirá ter mais estrutura disponível”, informa.

O dirigente explica que a mudança afeta principalmente a UPA São Benedito, que atualmente apresenta a situação mais crítica. No local, seis leitos anteriormente destinados a pacientes com sintomas de Covid-19 já foram remanejados para outros atendimentos clínicos.

Segundo a presidente da fundação, todos os cuidados estão sendo adotados para evitar a transmissão do vírus. “Toda essa logística tem sido desenvolvida de modo estratégico, considerando o atual cenário da unidade e garantindo ainda que nenhum paciente com sintoma da Covid fique sem o atendimento necessário. Além disso, toda a organização do local segue sendo feita respeitando normas de segurança em saúde para que pacientes clínicos não fiquem em contato com pacientes com sintomas respiratórios”, salienta.

Até o fim da tarde de ontem, 93 pacientes estavam nas duas UPAs à espera de transferência para hospitais de média e alta complexidade. Desse total, 23 já estavam com vagas destinadas ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, mas as transferências ainda não haviam sido liberadas pela unidade.

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