POLÍCIA

Golpe? Confira quais são os métodos usados pelos estelionatários em MG e se previna

Raiane Duarte
Publicado em 05/07/2020 às 11:05Atualizado em 18/12/2022 às 07:35
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Os golpes estão ainda mais em ênfase durante a pandemia, são casos ligados ao auxílio emergencial, ao FGTS e muitos outros. Com o intuito de alertar e informar a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desenvolveu uma cartilha com os principais golpes de estelionato praticados na atualidade.

CARTÃO CORTADO RECOLHIDO PELO FALSO MOTOBOY

Os crimes se dividem em três categorias de golpe; o presencial, por ligações telefonicas e através da internet. Um dos golpes presenciais listados na cartilha da PCMG, que foi recentemente aplicado em Uberaba, é o do cartão cortado recolhido pelo falso motoboy. A vítima recebe uma ligação telefônica de uma pessoa que se passa por um funcionário de banco. Ela diz que o cartão da pessoa foi clonado e que é necessário bloqueá-lo. O atendente, então, solicita dados da vítima, inclusive a senha, e recomenda que o cartão seja cortado ao meio.

Na sequência, é dito que um motoboy será enviado até o endereço para recolher o cartão e fazer outras análises para o cancelamento de compras irregulares. O detalhe é que ao cortar o cartão ao meio, o chip não é danificado. Então, com senha e chip disponível, os golpistas conseguem fazer as compras que quiserem. 

Com este período de pandemia, com mais gente fazendo home office ou sem sair de casa, há mais potenciais vítimas. No ínicio de junho, o JM Online noticiou dois casos com características semelhantes. Uma idosa de de 84 anos, perdeu mais de R$36 mil por meio deste golpe. Poucos dias depois outra mulher, de 61 anos teve um prejuizo de aproximadamente R$5.500 e nestes casos a polícia orienta que: "Nenhum banco pede o cartão de volta ou se oferece para retirá-lo. Então, desligue o telefone e consulte seu gerente sobre alguma irregularidade. Sempre que quebrar o cartão, cortar o chip".

GOLPE DO FALSO SEQUESTRO

Dentre os golpes aplicados por ligação telefônica, o do falso sequestro é bastante conhecido. Nestes casos a vítima atende ao telefone e o autor grita ao fundo, se passando por uma pessoa “sequestrada”. A vítima desesperada fala o nome de um filho e, no desespero, não percebe que foi ela mesma quem forneceu o nome e que não há sequestro algum. O recomendado é "desligue o telefone. Caso lhe traga mais segurança, escreva em um papel o que está acontecendo e leve até um familiar, vizinho etc. e peça para que liguem para o falso sequestrado, para saber se está tudo bem."

GOLPE DO WHATSAPP CLONADO

Já no rol de golpes via internet, um bastante popular é o do WhatsApp clonado. Nesse golpe, os criminosos conseguem ativar, em outro aparelho celular, a conta do Whatsapp da vítima, que para de funcionar. Por meio dessa ativação, os criminosos conseguem recuperar as conversas existentes no histórico do aplicativo Whatsapp. Os criminosos se utilizam de sites de compra e venda de produtos na internet, como OLX, Mercado Livre. Ao terem acesso a anúncios e ao número de telefone das vítimas, os autores se passam por funcionários desses sites e solicitam um código para ativar o anúncio; na verdade este código é uma verificação do WhatsApp, ou seja, o golpista digitou o número de celular da vítima no WhatsApp dele.

Sendo assim, o código de verificação para habilitar o WhatsApp foi para o celular da vítima. Assim que ele digitar os seis números do código, que a vítima forneceu, ele instala o WhatsApp da vítima para o WhatsApp dele, e a vítima perde o acesso ao aplicativo. Os criminosos, em posse do Whatsapp da vítima, acessam os contatos dela para cometer o crime de estelionato (solicitando dinheiro a parentes e amigos da pessoa).

Também no mês de junho, um senhor de 71 anos perdeu R$ 14,5 mil em Uberaba após cair no golpe do WhatsApp clonado. Como agir: Habilitar a “confirmação em duas etapas” – no WhatsApp clicar em “Configurações / Ajustes”, depois clicar em “Conta” e depois em “confirmação em duas etapas. Jamais enviar para qualquer pessoa o código de 6 números; Caso já tenha enviado o código e caído no golpe, enviar email para [email protected] pedindo a desativação temporária de sua conta do WhatsApp, explicando o que ocorreu.

GOLPE DO FALSO LEILÃO

Os sites falsos são geralmente hospedados fora do Brasil, na maioria das vezes não são terminados em .com.br. As vítimas conhecem os sites de leilões fraudulentos através de propagandas no Google e em redes sociais. Se cadastram enviando cópias de documentos pessoais por e-mail ou Whatsapp, recebem ligações confirmando o cadastro e são liberados a acompanhar o leilão falso on-line e a ofertar lances. Geralmente os lances são únicos e ganhadores. Após a vítima ofertar o lance, é enviado para as vítimas uma carta de arrematação onde há os dados bancários de pessoas físicas (laranjas) para depósitos e transferências. A vítima então efetua o pagamento do bem e envia o comprovante. Após o recebimento dos comprovantes, os autores bloqueiam as vítimas no Whatsaap e passam a não atender os telefonemas das vítimas. Alguns sites fraudulentos estão utilizando cópias dos layouts de sites do Detran-MG.

Como se prevenir? "Para evitar cair em golpes, os interessados devem prestar informações por meio de canais oficiais.O site falso solicita dados pessoais do interessado, além de apresentar veículos de luxo com preços muito abaixo do praticado, o que pode atrair a atenção do possível comprador, levando a realizar depósito sem qualquer garantia. 

No final de junho, um uberabense, de 47 anos, acionou a Polícia Militar após ser vítima deste golpe. Ele informou que fez o cadastro em um site de leilões, situado em Barueri (SP) e que arrematou um veículo no valor de R$ 9.672,00. 

Estes são alguns exemplos dos golpes, confira a cartilha com a lista completa aqui.

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