Atendimento de casos de síndrome gripal tem salto de 143% em dezembro

Atendimento dos casos de síndrome gripal nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) aumentou em 143% desde a primeira semana de dezembro. De acordo com o Gustavo Ferreira, médico responsável técnico pelas UPAs em Uberaba, o aumento é um reflexo das reuniões de fim de ano, quando as pessoas voltaram a se reunir e a expectativa é que esse número suba ainda mais a partir desta quarta-feira (5).

Especialmente para a Rádio JM, o médico reuniu os números de atendimentos durante todo o mês de dezembro. Segundo ele, as duas unidades fecharam a última semana do ano com o registro de 1.700 atendimentos, um salto de 143% quando comparado à primeira semana de dezembro (700 atendimentos). A escalada de casos impactou, inclusive, no reforço de equipes nas unidades de pronto atendimento.

“Com certeza esses números vão pelo menos se manter elevados e, pensando nessa questão, nós ampliamos o quadro de profissionais nas duas UPAs. Nós aumentamos a quantidade de médicos disponíveis para atendimento justamente para diminuir o tempo de espera”, afirma Ferreira.

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Felizmente, a quantidade de casos graves não acompanha o elevado número de casos de síndrome gripal e, por consequência, também de Covid. Na avaliação do responsável técnico das UPAs, um dos motivos para essa realidade é a vacinação, bastante avançada em Uberaba. “Houve um aumento considerável, mas os casos graves não aumentaram. Isso reflete justamente a questão da vacinação e nos chama atenção também a necessidade de manutenção do uso de máscara, álcool em gel e o distanciamento também. Então, é muito necessário que sejam mantidas essas medidas preventivas”, afirma.

Gustavo Ferreira ressalta que há casos de internação por gripe em Uberaba, mas que a situação está controlada, ou seja, sem agravamento discrepante. Mais uma vez, a gravidade acontece sobretudo entre os idosos, apesar de pessoas de qualquer idade estão sujeitas à piora do quadro. “Tem aumentado os casos em todas as faixas etárias. O que nós observamos é que os extremos de idade têm habitualmente uma maior probabilidade de desenvolver uma maior gravidade, tanto crianças mais jovens quanto idosos, que têm o sistema imunológico mais debilitado”, finaliza.