CIDADE

"Tranquilos, porém cautelosos", diz Sétimo Bóscolo sobre ômicron em Uberaba

Na avaliação do secretário, o avanço da vacinação e os baixos índices de ocupação de leitos e morbidade deixam a situação de Uberaba mais tranquila com relação à ômicron

Rafaella Massa
Publicado em 28/12/2021 às 15:12Atualizado em 19/12/2022 às 00:33
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A variante Ômicron vem tomando grandes proporções pelo mundo, trazendo um risco de uma nova onda de infecções pela Covid-19 também no Brasil e, consequentemente, em Uberaba. No entanto, o secretário municipal de Saúde, Sétimo Bóscolo, avalia que, ao contrário da situação vivida no descobrimento de outras cepas, como a amazonense e a delta, esta não gera grande preocupação. Um dos motivos, inclusive, é o avanço da vacinação, segundo opinou ele em entrevista à Rádio JM, no programa Pingo do J, além dos baixos índices de ocupação de leitos e letalidade da nova cepa.

A transmissão da Covid-19, entretanto, voltou a subir em Uberaba e há expectativa de que aumente ainda mais em decorrência das festas de fim de ano, que, inclusive, abrem as portas para a chegada da cepa sul-africana à cidade. Ainda não há nenhuma providência sendo tomada, mas certamente haverá reflexos nas medidas sanitárias contra a Covid-19 caso necessário, segundo Sétimo Bóscolo. “A ômicron se transmite com maior intensidade e com menor morbidade. Nós não temos experimentado aumento de internação e isso deixa a gente bem tranquilo, porém, bem cautelosos com essa patologia”, explica.

Na avaliação de Bóscolo, essa “tranquilidade” em relação à Ômicron vem do fato de Uberaba estar com a vacinação contra o coronavírus em estágio avançado, ou seja, bem ampliada, o que gera reflexos menos rigorosos da doença para a cidade. “Eu acredito que não [complique a situação na cidade], em função da nossa vacinação estar bem ampliada, quase completa na sociedade de Uberaba. Isso preserva bastante as pessoas, mas não podemos abaixar a guarda em momento nenhum. Os cuidados sanitários devem estar sempre atentos e observados”, pondera.

Ainda, o secretário explica que os testes que podem detectar a nova cepa são todos realizados em Belo Horizonte, o que deixa o processo complicado e demorado. Mas, mesmo assim, não é uma prioridade da SMS detectar a cepa, pois o tratamento continua o mesmo. “É demorada a viagem, demorado a análise lá, então, a gente não se preocupa muito porque não vai mudar praticamente em nada o tratamento, o prognóstico. Lá no início, quando a gente tinha as primeiras variantes a gente se preocupava mais quando chegou a variante dos Amazonas, a gente tinha uma preocupação maior, mas abandonamos. Não é uma prioridade nossa detectar a cepa”, conta Bóscolo.

Sétimo reforça que o importante é detectar a doença Covid-19 nos pacientes, seja ela de qual cepa for, de forma a realizar o tratamento no indivíduo e evitar sofrimento causados pelos efeitos do vírus. O secretário compara a situação atual com a vivida na época do descobrimento da cepa amazonense. Lá no começo do ano a situação da pandemia em Uberaba era bem diferente da atual, porque a maioria das pessoas precisava de internação hospitalar no tratamento, realidade que não vivemos mais.

Apesar de um caso de uma passageira vinda da África do Sul, que foi monitorada pela Secretaria de Saúde em Uberaba, a patologia não foi confirmada nela e, atualmente, não há casos da cepa sendo monitorados.

Confira a entrevista completa do secretário Sétimo Bóscolo no Pingo do J desta terça-feira (28):

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