CIDADE

Coordenador de regulação explica "demora" nas transferências de pacientes das UPAs

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 28/07/2021 às 20:40Atualizado em 19/12/2022 às 02:35
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Lembrado como gargalo de assistência médica municipal, o atraso na transferência de pacientes das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) para os hospitais da cidade é motivo de constante revolta e manifestação dos uberabenses. Em entrevista à Rádio JM, nesta quarta-feira (28), o coordenador da Regulação de Leitos, Irálio Fedrigo, explicou que a individualidade dos casos prejudica a agilidade das recepções.

De acordo com Irálio, é necessário fazer uma análise individual de cada caso antes de empenhar um leito de alguma unidade. Esse prontuário, com a própria especialidade, exige uma cama específica de um hospital específico para que o atendimento seja eficiente. Desta forma, o processo de regulação encaminha o paciente das UPAs conforme disponibilidade singular de cada unidade.

“A regulação é dinâmica e específica. Temos perfis hospitalares únicos. Não basta ter um leito disponível no Hospital Regional se, para o paciente que aguarda na UPA, o hospital não tem capacidade técnica e operacional para ofertar. Por exemplo, as cirurgias neurológicas que são só no Hospital de Clínicas. Então, de nada resolverá se eu transferir o paciente se a unidade não tiver a condição de dar a ele o tratamento adequado. A regulação tem critérios estabelecidos para não transferir pacientes de forma errada, e não causar maiores riscos”, explica o coordenador.

Outro fator determinante para o tempo-resposta de transferências são as urgências e emergências. Irálio ilustra o caso com os acidentes que ocorrem nas vias urbanas e rodoviárias: em ocorrências com pessoas gravemente feridas, elas são encaminhadas diretamente para o Hospital de Clínicas da UFTM. Então, se houver uma pessoa na UPA regularizada para a vaga no HC, ela terá que aguardar o atendimento dos feridos, porque a unidade é prioritária no atendimento de acidentes.

“Acaba atrasando a transferência por isso. A saúde é dinâmica, o Samu está sempre em atendimento, e isso gera um gargalo nos atendimentos”, finaliza Irálio Fedrigo.

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