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Afinal, o leito está ou não disponível? Gestora descarta recusa deliberada de pacientes no HC-UFTM

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 30/05/2021 às 16:25Atualizado em 19/12/2022 às 03:24
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Superintendente descarta má-fé e rebate críticas de que o HC-UFTM recusa pacientes de propósito a fim de não comprometer o atendimento a outros serviços (Foto/Jairo Chagas)

A escassez de leitos disponíveis para tratamento covid desafia os sistemas de regulação e deixa apreensivo o paciente em espera na fila. Por diversas vezes, são divulgados leitos disponíveis em hospitais de Uberaba, mas a informação logo é contrariada pela gestão hospitalar. De acordo com a Superintendente do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), Ana Lúcia Simões, há um desacerto informativo entre o sistema que regula as camas e o panorama real do hospital.

“Quando o complexo regulador (SisReg) fala que tem uma vaga regulada para o hospital, não significa que essa vaga exista. O complexo regula, põe o nome do paciente em um sistema eletrônico e avisa o hospital que o paciente vem pra cá, independente de existir a vaga ou não. Quando acontecem essas situações, o familiar é informado que existe a vaga no hospital, mas na verdade não existe. O complexo avaliou e entendeu que o paciente precisa vir para o hospital, mas o leito não existe. Diferentemente de outros prestadores, que quando atingem o limite deixam de receber os pacientes, aqui no HC, tendo vaga ou não, o paciente vem”, revela Ana Lúcia.

Desta forma, Ana Lúcia rebate as críticas divulgadas sobre a possível má-fé da unidade com pacientes encaminhados para lá. Relatos afirmam que o HC recusa a chegada de novos pacientes de propósito, para não comprometer o atendimento aos outros serviços.

Uma solução para o caso é a divulgação ampla e irrestrita da capacidade de atendimento do hospital. A ideia, segundo a gestora, é garantir que o paciente saiba as condições de chegada ao HC.

“Nós sofremos no Brasil um problema com a informação, que chega distorcida para quem precisa. Não é algo fácil de se compreender, entendemos a dificuldade do cidadão. Se ele está em uma determinada unidade de saúde e escuta que o hospital não recusa a ida, eu entendo isso como maldade e injustiça com o HC, que acolhe, independente da condição, as pessoas que precisam daqui. Precisamos ser mais solidários, precisamos conhecer a realidade e passar isso para a população. Muitas vezes, por interesses particulares, vemos pessoas que têm conhecimento da realidade mas não estão preocupadas em ajudar”, finaliza a superintendente.

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