Além das condições da própria lavoura para realizar a colheita, as estradas também são fator de preocupação para a Secretaria de Agronegócio
Foto/Jairo Chagas
Máquinas da Secretaria do Agronegócio estão de prontidão para realizar os reparos e evitar problemas com o escoamento da safra
O volume de chuvas pode prejudicar a safra de grãos na região, cuja colheita tem início previsto para o dia 15 de fevereiro e seguirá até 8 de março. A análise é do secretário de Agronegócio, Luiz Carlos Saad, que reconhece que o aguaceiro assusta os produtores rurais.
De acordo com o titular da Sagri, os grãos devem ser colhidos em um momento oportuno, com o solo nas devidas condições de umidade. Além disso, a área da colheita também precisa estar apta para suportar as máquinas e caminhões, assim como as estradas devem estar transitáveis para o escoamento da safra. “Precisamos do solo apto para que as máquinas e os caminhões entrem e realizem este trabalho e das estradas em condições de tráfego para o escoamento da safra”, diz.
Segundo Saad, este ano já choveu 800 milímetros e a previsão é de que este índice aumente até o fim de fevereiro. As previsões meteorológicas apontam um final de verão e início de outono bastante chuvoso. A situação, segundo ele, acaba deixando o solo muito úmido.
Além disso, ele esclarece que as estradas também sofrem com as chuvas. Neste sentido, a pasta trabalha com planejamento para evitar transtornos. “Não podemos deixar nenhuma estrada com bloqueios nem cabeceiras de ponte. Estamos com máquinas de prontidão”, finaliza. Preços dos hortifrútis na Ceasa também sofrem com as instabilidades do tempo
As chuvas, que não dão trégua, interferem diretamente nos preços dos produtos comercializados na Ceasa. De acordo com João Carlos Caroni, diretor de Departamento de Abastecimento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio, a situação é decorrente das perdas que os produtores têm no campo.
Segundo ele, o preço é reajustado proporcionalmente aos prejuízos na lavoura. “Se o produtor perde 50% da produção, o preço acaba aumentando neste mesmo índice na Ceasa, devido à baixa oferta”, revela.
Os prejuízos imediatos são para os folhosos – que sofrem mais com a ação das chuvas. A médio prazo, as chuvas interferem na produção dos legumes e, por fim, nas frutas. “É um processo gradativo e proporcional”, informa.
O diretor diz que as chuvas dificultam a manutenção e o controle das pragas, mas que a orientação aos produtores é de que invistam em estufas para controlar a umidade do solo e diminuir as perdas ocasionadas nos períodos chuvosos.