CIDADE

Indústria puxa o saldo negativo de empregos de dezembro em Uberaba

Último mês do ano fechou com 678 postos de trabalho fechados e o ano de 2019 encerra-se com 240 trabalhadores a menos com carteira assinada

Thassiana Macedo
Publicado em 24/01/2020 às 20:07Atualizado em 18/12/2022 às 03:44
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Último mês do ano fechou com 678 postos de trabalho fechados e o ano de 2019 encerra-se com 240 trabalhadores a menos com carteira assinada

Após seis saldos positivos na geração de emprego, Uberaba registra o resultado negativo no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Economia, o município terminou o último mês de 2019 fechando 678 postos de trabalho com carteira assinada. Em dezembro do ano passado foram admitidos 2.297 trabalhadores com carteira assinada e 2.975 acabaram desligados. 

Ao contrário do que se poderia imaginar, não foi o comércio que mais demitiu empregados em dezembro, após o fim do período de contratações temporárias para as vendas impulsionadas pelo Natal. O setor que impulsionou o resultado negativo do município foi a indústria de transformação. Os parques industriais de Uberaba contrataram 324 operários, mas demitiram 815, o que gerou o fechamento de 491 vagas. Em seguida aparece o setor de serviços, com 122 postos encerrados. As empresas admitiram 861 trabalhadores e desligaram 983.

O mesmo vem ocorrendo com os empreendimentos ligados à agropecuária, que fecharam 91 postos de trabalho com carteira assinada em dezembro de 2019, ao admitir 73 trabalhadores rurais e demitir 164. A construção civil manteve o mesmo desempenho dos meses anteriores, mas com menos força. O ano de 2019 não foi favorável para os empreendimentos imobiliários, pois empresas ligadas ao setor registraram o fechamento de mais 83 vagas de trabalho formal em dezembro, contra 125 encerradas em novembro, 179 em outubro e 103 em setembro. No último mês do ano, construtoras contrataram 237 trabalhadores, mas demitiram 320. O saldo do ano foi o fechamento de 852 vagas com carteira assinada.

Já o setor de extrativismo mineral encerrou dezembro com menos 12 vagas de trabalho formal, ao admitir quatro funcionários e desligar 16. A área de serviços de utilidade pública industrial contratou quatro trabalhadores e demitiu o mesmo número, deixando de abrir, mas também de fechar vagas de trabalho formal. Por outro lado, a administração pública não contratou, nem demitiu, apresentando saldo zerado. Desta vez, o único setor que apresentou desempenho positivo foi o comércio, com suas contratações temporárias. O setor terminou o último mês do ano com 121 novas vagas, ao contratar 794 empregados e demitir 673.

Considerado o acumulado dos últimos 12 meses, os números passaram a ser menos negativos. No período foi registrado o fechamento de 240 postos de trabalho no município de Uberaba, contra 839 encerrados entre novembro de 2018 e novembro de 2019. A construção civil continua sendo o setor que mais puxou a geração de empregos de Uberaba para baixo, mas com menos força. Foram fechadas 852 vagas, contra 1.280 de novembro de 2018 a novembro de 2019. 

O Brasil gerou 644.079 novas vagas formais em 2019. Com isso, o estoque de empregos com carteira assinada chega a 39 milhões. Minas Gerais teve crescimento na criação de vagas com carteira assinada. Em dezembro, o saldo foi de 97.720 novos postos formais, contra 8.382 em novembro e 12.282 criados em outubro. 

Secretário minimiza resultado para o mês e diz que fechamento de vagas era esperado 

Novos investimentos que chegaram a Uberaba, gerando número significativo de oportunidades de trabalho para o município, fizeram total diferença no saldo de geração de empregos em 2019. A avaliação é de José Renato Gomes, titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação (Sedec), que destacou a importância das conquistas no panorama de empregabilidade município no ano passado. “Se a Prefeitura não consolidasse tantos investimentos, aí sim teríamos um resultado verdadeiramente negativo”, ponderou ele. 

José Renato Gomes observa que os saldos negativos em dezembro são tendência histórica. 2019, com o saldo negativo de 678 vagas, obteve a menor queda se comparado os dados observados nos últimos cinco anos. “A queda de dezembro já é esperada, pois normalmente é o mês em que ocorrem muitos desligamentos em negócios da indústria de transformação, como, por exemplo, empresas com atividades de fabricação de álcool. É um resultado que segue parâmetros já esperados. De 2015 a 2018 a queda em dezembro sempre ultrapassou a marca de mil, portanto, o último mês de 2019 ainda se manteve em uma perspectiva amena”, explica o secretário.

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