CIDADE

Gasolina na cidade chega aos R$ 5, com alta anunciada esta semana

Segundo o Procon, não existe algo legal que possa ser adotado pelo órgão para reverter a situação

Geórgia Santos
Publicado em 23/05/2018 às 07:06Atualizado em 17/12/2022 às 09:52
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Nos postos de Uberaba é possível encontrar o litro da gasolina, por exemplo, sendo vendido a R$4,99, um aumento que chamou a atenção de todos. A equipe de reportagem do Jornal da Manhã conversou com o presidente da Fundação de Defesa do Consumidor (Procon), Rodrigo Mateus, que afirmou compreender a revolta dos consumidores, mas que não existe algo legal que possa ser adotado pelo órgão para reverter a situação.

“Vemos com tristeza o resultado de uma política econômica voltada para o mercado de combustíveis, totalmente equivocada e que penaliza o consumidor. O resultado desses preços elevados tem um viés econômico muito forte e que transcende a questão do direito do consumidor. Então, o que temos de fazer é continuar com nossas pesquisas de preço dos combustíveis, que fazemos semanalmente, e aumentar a divulgação, mostrar ao consumidor que esta é uma ferramenta que pode ajudar na busca do preço mais barato e com isso movimentar o mercado”, diz.

Minaspetro diz que os postos são o último elo na cadeia de comercialização

Equipe de reportagem do Jornal da Manhã solicitou ao Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) uma explicação em relação aos valores que estão sendo praticados. Conforme nota, os estabelecimentos revendedores de combustíveis são apenas mais um elo na cadeia de comercialização, que é extensa e composta por importantes players durante o processo, desde o refino até a disponibilização do produto ao consumidor final.

O Minaspetro ressalta que os postos, sendo o último e mais visado elo no segmento de distribuição e revenda, dependem de decisões e repasses – caso estes aconteçam – por parte dos outros agentes do setor, ou seja, governo, refinarias, usinas de etanol e companhias distribuidoras. Vale lembrar que a alta dos preços da gasolina e diesel veio diante da política de mercado que é adotada pela Petrobras, os reajustes estão relacionados aos preços internacionais e ao câmbio, e ontem mesmo, com a queda do dólar, foi anunciada redução no preço da gasolina e do diesel.

Caminhoneiros param na avenida Filomena Cartafina e no Distrito 3

Assim como em vários outros pontos do país, caminhoneiros realizaram em Uberaba protesto contra aumento no preço dos combustíveis. A ação aconteceu ontem e, segundo informações repassadas pela organização do movimento, cerca de 500 caminhões pararam na AMG-2555 – antiga avenida Filomena Cartafina – e no Distrito Industrial 3.

A paralisação teve início por volta de 7h30 desta terça-feira na Filomena Cartafina, com os caminhoneiros concentrados próximo à entrada da comunidade rural da Baixa e no Distrito Industrial 3. Eles se espalharam pelo local a fim de impedir que os caminhões seguissem. O propósito era evitar que o serviço de carga e descarga fosse realizado. O movimento foi pacífico e acompanhado pela Polícia Militar por questões de segurança.

“A nossa intenção não é gerar problemas, não queremos que as atividades nas empresas parem, inclusive a passagem de veículos comuns estava liberada, contudo precisamos nos mobilizar, agir de alguma forma para que a realidade mude. Além dos valores dos combustíveis, as condições das rodovias do país e os preços dos pedágios também são reivindicações da categoria”, revela o motorista de caminhão Nelson Alves Paulino. Segundo Nelson, o movimento vai continuar. Ele, inclusive, convoca a população de Uberaba, independente do veículo, para que participe, pois o preço do combustível subiu para todos. “O nosso movimento precisa ser visto para que as autoridades tomem atitude”, afirma.

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