CIDADE

Professores da UFTM confirmam indicativo e iniciam greve por tempo indeterminado

Com a deflagração da greve, o objetivo é buscar a unificação entre docentes, técnicos administrativos e discentes, para fortalecer o movimento

Thassiana Macedo
Publicado em 04/11/2016 às 08:29Atualizado em 16/12/2022 às 16:45
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Foto/Divulgação

Professores da UFTM iniciaram greve por tempo indeterminado e realizaram ação para mobilização da categoria

Em reunião na tarde de ontem, professores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) formalizaram a deflagração imediata da greve geral por tempo indeterminado. O indicativo para a paralisação já havia sido definido pela categoria em assembleia realizada no dia 27 de outubro pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - Seção Sindical do Andes (Aduftm-Ssind).

De acordo com a diretora da Associação e membro do Comando de Greve, Valéria Roque, a decisão já havia sido tomada na semana passada e a deflagração ocorreu ontem somente para formalizar a greve geral. “O objetivo era simplesmente proceder aos trâmites legais e começar a instalação do Comando de Greve. Já estávamos avisados sobre a paralisação, mas só poderíamos parar após o prazo de 72 horas para comunicarmos às instâncias da universidade e aos interessados”, explica.

Com a deflagração da greve, o objetivo é buscar a unificação entre docentes, técnicos administrativos e discentes, para fortalecer o movimento, visto que os motivos para a paralisação dos professores também atingem outras categorias. “Somos contra o ajuste fiscal e esse pacote de emendas anticonstitucional que o governo tem proposto sem uma ampla discussão com os envolvidos. Entra a PEC (Proposta de Emenda Complementar) 241, que agora é PEC 55, em tramitação no Senado Federal; a MP (Medida Provisória) 746, que trata da Reforma do Ensino Médio; a PLP (Projeto de Lei) 193, que trata da Escola Sem Partido; e a PL 204, para auditoria da dívida pública. Queremos ampla discussão para esse conjunto de medidas e o respeito à Constituição, para o fim da retirada dos direitos dos trabalhadores como um todo e não só do servidor público”, diz Valéria.

Quanto à decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou legítima a possibilidade de órgãos públicos cortarem o salário de servidores em greve desde o início da paralisação, Valéria Roque ressalta que o direito de greve foi conquistado há anos por meio de árduas batalhas dos trabalhadores. “Entendemos que é uma decisão arbitrária e orquestrada por esta política impositiva que temos sofrido do governo federal. É lamentável que a instância máxima do nosso Judiciário tome uma atitude de castração de direito para quem faz greve documentada e legitimamente oficializada e debatida em assembleia. Vamos seguir todo o protocolo de tramitação dessa greve e tentaremos sensibilizar a reitoria de que estamos lutando por todos”, completa a professora. 

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