Nesta terça-feira (25), completa-se três anos do rompimento da barragem de Brumadinho. Mesmo com o tempo passado, as consequências deixadas são sentidas ainda nos dias atuais. Não somente nas 272 vidas que se perderam e na dor irreparável que deixaram, como também nos rejeitos tóxicos ainda presentes na região. As vítimas da lama tóxica da Vale clamam por justiça e, nesta terça-feira, mobilizaram os moradores do município em homenagem aos mortos e desaparecidos.
No início desta tarde, pessoas próximas às vítimas prestaram homenagens aos que se foram. Elas se reuniram no letreiro da cidade de Brumadinho, onde balões brancos e pretos foram soltos no céu como uma forma de relembrar cada uma das vidas arrastadas pela lama.
Não só o luto se fez presente. O sentimento de revolta e indignação por parte da população é latente. Cartazes e camisetas atribuindo à Vale nomes como "assassina" estiveram presentes em meio à homenagem prestada.
O rompimento que aconteceu em janeiro de 2019 despejou 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos da mineração na bacia do rio Paraopeba. A forte pressão do rompimento fez com que a lama percorresse cerca de 300km, afetando 18 municípios, levando vidas, casas e parte de um ecossistema consigo. Até hoje o corpo de bombeiros opera na tentativa de encontrar 11 corpos ainda soterrados cujos familiares e amigos aguardam há tanto pelo desfecho.