Nesta semana foi registrado o surgimento de uma nova variante do coronavírus em regiões da África. A nova variante leva o nome de Ômicron, letra grega correspondente à letra “o” do alfabeto, ou cepa B.1.1.529, e preocupa especialistas internacionais de saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante pode se tornar responsável pela maior parte de novos registros de infecção pelo novo coronavírus em províncias sul-africanas.
Segundo uma das cientistas que ajudou a identificar a Ômicron, a Dra. Angelique Coetzee, os sintomas dela são leves e quem é infectado por ela não perde o olfato e o paladar, como acontecia a princípio com infecções pelo vírus.
Angelique, que dirige um consultório particular na África do Sul, disse ao The Telegraph que "os sintomas da variante eram tão diferentes e leves dos que havia tratado antes", sem a perda dos sentidos, mas com outros indicadores incomuns, como fadiga intensa e pulso acelerado.
Esta nova variante foi encontrada primeiramente na Bostuana, país vizinho a Àfrica do Sul. Além de países vizinhos a Botsuana - África do Sul, Lesoto, Namíbia, Zimbábue e Eswatini (ex-Suazilândia) -, casos da variante Ômicron também foram registrados em outras regiões: Hong Kong, na China, foi a primeira delas.
Israel anunciou neste domingo (28) que vai proibir a entrada de todos os estrangeiros no país, tornando-se o primeiro país a fechar completamente suas fronteiras em resposta a uma nova variante do coronavírus potencialmente mais contagiosa, e disse que usaria uma tecnologia contraterrorismo de rastreamento de telefone para conter a propagação da variante Ômicron.
Países da Europa como Bélgica, Alemanha, Austrália, Itália, Reino Unido e República Tcheca também registraram casos da variante. Por isso, países da União Europeia e Reino Unido, além de Estados Unidos e Canadá, fecharam as fronteiras para viajantes vindo da África Austral.