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Brasileiro que veio da África do Sul testa positivo para a Covid; Anvisa monitora nova cepa

Publicado em 28/11/2021 às 20:09Atualizado em 18/12/2022 às 17:15
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Passageiro vindo da África do Sul que desembarcou neste fim de semana no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, testou positivo para a Covid-19. A informação foi confirmada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em nota. Ainda não há confirmação se a pessoa, cujo sexo não foi divulgado, está infectada pela variante ômicron, detectada em ao menos doze países.

O passageiro em questão chegou ao Brasil em um voo da Ethiopian Airlines com teste negativo e assintomático. Mas após o desembarque, a Anvisa foi informada, às 21h12 do sábado, sobre o resultado positivo de novo teste de RT-PCR, realizado pelo laboratório localizado no aeroporto de Guarulhos. Após o resultado, a Anvisa notificou os Cievs (Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) nacional, estadual e municipal, à 1h07 deste domingo (28). O paciente cumpre isolamento em quarentena residencial e é monitorado pelos órgãos de saúde estadual e municipal e também pelo Ministério da Saúde.

A médica sul-africana Angelique Coetzee falou ao jornal britânico The Telegraph sobre a variante ômicron. A profissional de saúde foi a primeira a alertar sobre a nova variante do coronavírus. Durante a entrevista, ela relatou ter notado aumento de pessoas jovens e saudáveis com sinais de fadiga. “Os sintomas que eles apresentavam eram muito diferentes e mais leves dos que eu havia tratado antes", afirmou Coetzee.

Após testes confirmarem a infecção pelo coronavírus, a médica passou a reparar em sintomas qualificados por ela como incomuns para a infecção. Além de cansaço e dores no corpo, Coetzee relatou uma criança de seis anos com batimentos cardíacos bastante acelerados para a idade.

A variante ainda é muito pouco conhecida. Ela foi reportada pela primeira vez na semana passada e a Organização Mundial de Saúde afirmou serem necessárias “várias semanas” para compreender melhor a nova cepa. Não há, até o momento, nenhuma certeza sobre sua gravidade e se ela apresenta resistência à vacinação – que é bastante baixa nos países do sul africano, onde foi identificada.

Na África do Sul apenas 24% da população está totalmente vacinada, realidade muito diferente dos 60% da população brasileira imunizada com as duas doses ou dose única da vacina. Além disso, Angelique Coetzee afirmou que metade dos infectados que passaram pelo seu consultório não havia sido vacinado.

Ela reportou suas suspeitas ao comitê responsável pelo acompanhamento da pandemia após, em 18 de novembro, após atender a uma família com quatro infectados apresentando os mesmos sintomas. Segundo ela, mais de 20 pacientes reportaram sintomas parecidos, principalmente cansaço. A maioria era de homens.

A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi reportada à OMS em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul. O primeiro caso teve amostra coletada em 9 de novembro. "Evidências preliminares sugerem uma alta no risco de reinfecção com a variante, comparada com as outras versões do coronavírus", afirmou a organização.

A Anvisa recomendou a proibição de voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue. Além disso, outros países estão sujeitos a restrições desde sábad Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia. De acordo com a portaria, viajantes procedentes ou com passagens por todos esses países nos últimos quatorze dias antes do embarque deverão permanecer em quarentena por 14 dias na cidade de seu destino final.

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