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Mais da metade dos jovens vítimas de acidentes de trânsito ficam com sequelas

O levantamento é do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat)

Publicado em 21/10/2019 às 18:32Atualizado em 18/12/2022 às 01:13
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Seis de cada dez crianças ou adolescentes mineiros envolvidos em acidentes de trânsito ficam com sequelas para o resto da vida. São jovens que precisam lidar com limitações, como uma amputação ou paralisia. A maioria se machucou em ocorrências de tráfego quando estava fora dos veículos, na condição de pedestre ou ciclista.

O levantamento é do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat). A pesquisa ainda revela que o Estado é líder no ranking nacional de indenizações pagas às vítimas de batidas, atropelamentos e capotagens.

Apenas de janeiro a setembro, 1.001 reparações foram destinadas à faixa etária de 0 a 17 anos em Minas. Do total, 603 foram por invalidez permanente, ou seja, pessoas que levarão no corpo os prejuízos do trauma vivido no trânsito. Para especialistas, os dados são preocupantes.

As estatísticas do Dpvat, por tipo de veículo, mostram que as motos são as principais responsáveis pelos acidentes. De janeiro a setembro, foram mais de 5 mil indenizações por ocorrências envolvendo o veículo de duas rodas. Automóveis ocupam a segunda posição no país, concentrando 3.461 sinistros, conforme o levantamento. Caminhões e picapes aparecem na sequência, com 572 pagamentos. Já os ônibus, micro-ônibus e vans apresentam 345 seguros.

“Em todo país, as crianças, na condição de passageiros de carros e motos, são as que mais se acidentam. Em Minas, no entanto, os pedestres têm predominância nessa faixa etária. O Estado lidera o ranking nacional porque, além ser muito grande territorialmente, tem a maior malha rodoviária do Brasil. De forma geral, os casos mais comuns são de crianças fora da cadeirinha nos carros e de menores de 10 anos sendo transportados em motos, muitas vezes na frente, em cima do tanque de combustível” (Arthur Fróes, superintendente de Operações da Seguradora Líder)

Em todo país, mais de 9 mil crianças e adolescentes foram indenizados, nos nove primeiros meses deste ano, após sofrer acidentes de trânsito; a média é de 36 casos por dia, conforme dados do Seguro Dpvat

Fragilidade. As características físicas comuns à primeira infância também contribuem para aumentar a gravidade dos acidentes. Quem explica é a gerente executiva da ONG Criança Segura, Vania Schoemberner.

Ela afirma que a fragilidade do corpo fica ainda mais evidente no trânsito. “No caso de um atropelamento, o carro atingiria a cintura de um adulto, mas, numa criança, acerta a cabeça ou o abdômen, o que é muito mais grave”.

Crianças que estavam dentro do veículo durante a ocorrência concentraram cerca de 42% das indenizações pagas pelo Dpvat em todo o Brasil. Na ponta do lápis, foram 4.125 pagamentos para a faixa etária de até 14 anos. Depois de Minas, o estado de São Paulo foi o que concentrou mais indenizações, com 985, seguido pelo Ceará, que teve 717, e pelo Paraná, com 626.

*Com informações Hoje em Dia

 

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