Nos últimos anos novos métodos de tratamento da alopecia têm surgido no mercado, ampliando o arsenal terapêutico com resultados cada vez mais satisfatórios
Foto/Ângelo Pedroso
Segundo o dermatologista Mário Fernando Martins Pinto, a intensidade da perda capilar é elemento importante na escolha do tratamento
O diagnóstico da causa da alopecia ou queda de cabelo é fundamental para definição do programa de tratamento. Diversas são as disfunções que podem desencadear a perda capilar e o tratamento somente será eficaz se for direcionado para a origem do problema.
De acordo com o dermatologista Mário Fernando Martins Pinto, as causas de queda de cabelo podem ser divididas em dois grupos. As causas sistêmicas são doenças ou distúrbios que comprometem o organismo, podendo resultar na queda de cabelo como um sintoma. Já as causas locais englobam um grupo de afecções que afetam o couro cabeludo ou os cabelos de forma direta. “A anemia, por exemplo, é uma doença primária do sangue, mas que pode secundariamente causar queda de cabelo. Já na Alopecia Androgenética ou Calvície Familiar, conhecida de todos, não há qualquer alteração sistêmica, apenas o couro cabeludo é comprometido”, reforça.
Mario Fernando esclarece que para chegar ao diagnóstico o médico especialista utiliza as informações prestadas pelo próprio paciente; o exame físico do cabelo e couro cabeludo; e, eventualmente, exames complementares. “Exames de sangue são úteis para o diagnóstico de causas sistêmicas de alopecia. Enquanto as causas locais são melhor estudadas com o Tricograma, exame que analisa em microscópio as raízes dos fios de cabelo e a Videotricoscopia, exame no qual um microscópio digital captura imagens em grande aumento de vários pontos do couro cabeludo, permitindo o estudo de sua superfície e dos fios de cabelo. Através desses dois exames é possível identificar diversas situações que podem causar queda de cabelo e que não seriam diagnosticadas apenas com os exames de sangue”, frisa.
Para a maioria dos casos de alopecia, a intensidade da perda capilar é um elemento importante na escolha do tratamento, segundo Mário Fernando Martins Pinto. “Quando a perda é leve e o paciente ainda conserva bom volume e densidade capilar, o tratamento clínico medicamentoso tem grande probabilidade de ter sucesso no controle da queda. Quando a perda é moderada, com densidade capilar reduzida, além do tratamento clínico, tem apresentado bons resultados o uso do Microagulhamento e do Plasma Rico em Plaquetas Autólogo como recursos terapêuticos. E quando a perda capilar é intensa, especialmente quando existem áreas de perda capilar completa, o Transplante Capilar Autólogo pode ser a única opção eficaz”, explica o dermatologista.
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