Uma pesquisa da Quaest publicada nesta quarta-feira (2) aponta que a avaliação do governo Lula é mais negativa do que positiva entre os deputados federais. Por outro lado, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), é mais bem avaliado entre os governistas do que na oposição.
Segundo o levantamento, 46% dos deputados veem o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como negativo, enquanto 27% avaliam como positivo. Outros 24% classificam a gestão como regular.
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Entre aqueles que se colocam como independentes, apenas 8% aprovam o atual governo, enquanto 44% desaprovam. Outros 44% consideram o governo regular.
Já o presidente da Casa, Hugo Motta, é bem avaliado por seus pares: 68% dos deputados consideram positiva sua gestão, iniciada em fevereiro deste ano. Mesmo com os recentes embates entre governo e Congresso, 77% dos deputados governistas avaliam positivamente o trabalho de Motta. Por outro lado, apenas 47% da oposição o aprova, em meio a críticas pelo fato de ele não ter pautado o projeto de anistia ao 8 de janeiro.
Deputados rejeitam fim dos supersalários e da escala 6x1
O mesmo levantamento aponta que 70% dos membros da Câmara se dizem contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a escala de trabalho 6x1. Apenas 15% se declararam favoráveis.
Outra proposta rejeitada pela maioria dos deputados é o projeto de lei que põe fim aos chamados supersalários no funcionalismo público: 53% se dizem contra a proposta e 32%, a favor.
Já o projeto de lei alternativo à anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, que prevê apenas uma redução nas penas, tem o apoio de 54% dos deputados e a rejeição de 24% deles. Alguns deputados de oposição defendem uma anistia irrestrita.
Entre as pautas citadas pela pesquisa, a de maior aceitação entre os parlamentares é o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil: 88% são a favor e 5%, contra. Ainda assim, o projeto ainda não avançou na Casa.
A pesquisa da Quaes foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 7 de maio e 30 de junho de 2025. Foram ouvidos 203 deputados federais, o equivalente a 40% da composição da Câmara. A margem de erro é de 4,5 pontos para mais ou menos. A amostra foi feita por região geográfica e pela orientação ideológica dos partidos, com base no projeto Brazilian Legislative Surveys.
Fonte: O Tempo.