No feriado prolongado, motoristas precisam de atenção e prudência para evitar acidentes
Número de infrações nas rodovias federais foi recorde em 2024. (Foto/Fred Magno/O Tempo)
Um feriado mais que prolongado, somando a folga da Semana Santa com a celebração de Tiradentes, na segunda-feira, é uma pausa bem-vinda, mas também um momento de atenção e cuidado redobrados. Nas estradas, a pressa e a imprudência são uma combinação que pode ser fatal. De acordo com dados do Anuário da Polícia Rodoviária Federal, no ano passado, o Brasil bateu o recorde de infrações nas rodovias. Foram quase 9,5 milhões de multas somente nas estradas sob responsabilidade da União.
O excesso de velocidade respondeu por cerca de dois terços do total de multas, com 6,56 milhões de infrações. E as ultrapassagens ilegais agravaram esse quadro, com 301.513 infrações.
O resultado não poderia ser outro além do aumento do número de acidentes, que chegaram a 73.156, e de mortes, que somaram 6.150 em todo o país em 2025.
Minas Gerais, que tem a maior malha rodoviária do Brasil, sendo 22 mil km estaduais e mais de 9.000 km federais (sem falar nas rodovias municipais), liderou tanto o número de mortes (794) quanto o de acidentes (9.300). Somente na BR-381, não à toa conhecida como a “Rodovia da Morte”, foram mais de 2.700 acidentes.
Não podemos ignorar uma responsabilidade do poder público. Somente em Minas Gerais, as más condições de manutenção ou erros de projeto resultam em um ponto crítico a cada 46 km. Segundo levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), a recuperação das pistas demandaria um investimento de R$ 15,87 bilhões – R$ 12,1 bilhões deles, em diversas intervenções emergenciais.
Mas é ainda mais inquestionável a responsabilidade individual do motorista. Nove em cada dez acidentes têm como causa a falha humana (segundo dados da Associação Brasileira de Medicina do Trânsito) e poderiam ser perfeitamente evitados com cuidados básicos de direção defensiva e bom senso.
Nestes dias de feriado, o alerta é oportuno e necessário. Atenção ao pegar a estrada e respeito à lei de trânsito, à sinalização e, principalmente, à vida – a sua e a do outro.
Fonte: O Tempo