No último domingo, o ex-presidente passou por uma cirurgia que durou 12 horas para a retirada de aderências intestinais e a reconstrução da parede abdominal
Essa foi a sétima e mais longa cirurgia abdominal de Bolsonaro desde a facada que sofreu na campanha eleitoral de 2018. (Foto: José Aldenir/AFP)
BRASÍLIA - Jair Bolsonaro (PL) completou sete dias de internação em um hospital particular de Brasília após passar por uma cirurgia para tratar uma obstrução intestinal. O boletim médico, divulgado neste domingo (20), informou que o ex-presidente está com a pressão arterial controlada e apresenta boa evolução clínica.
No sábado (19), a equipe médica havia relatado que o ex-presidente teve uma alteração na pressão arterial, que havia sido controlada. O boletim mais recente também indica que Bolsonaro permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta, e intensificando a fisioterapia.
" (Bolsonaro) encontra-se com a pressão controlada e com boa evolução clínica. Continua em jejum oral e com nutrição parenteral exclusiva. Segue intensificando diariamente a fisioterapia motora e as medidas de reabilitação. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI", diz trecho do boletim.
O documento foi assinado pelos médicos Cláudio Birolini (chefe da equipe cirúrgica), Leandro Echenique (cardiologista), Antônio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior (coordenador da UTI), Brasil Caiado (cardiologista), Guilherme Meyer (diretor médico do hospital) e Allisson Barcelos Borges (diretor-geral do hospital).
Mais cedo, Bolsonaro publicou em suas redes sociais uma mensagem sobre o Domingo de Páscoa para seus apoiadores: “Que esta Páscoa não seja apenas uma comemoração, mas um recomeço. Que ela reacenda nossa fé - em Deus, na vida, no Brasil e em um futuro onde o bem vença, mesmo em meio à dor e à dúvida”.
Histórico
O ex-presidente passou mal durante uma agenda política no Rio Grande do Norte, no último dia 11. No mesmo dia, ele foi transportado de helicóptero para a capital Natal, distante cerca de 122 km. Na noite de sábado (12), por uma decisão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o político foi transferido para o DF Star, hospital privado em Brasília.
Um dia depois, no domingo (13), ele passou por uma cirurgia que durou 12 horas para a retirada de aderências intestinais e a reconstrução da parede abdominal. Essa foi a sétima e mais longa cirurgia abdominal de Bolsonaro desde a facada que sofreu na campanha eleitoral de 2018, durante caminhada em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais.
A equipe médica afirmou que a operação foi “extremamente complicada”, mas não teve complicações. O pós-operatório será longo. O ex-presidente deve ficar internado por cerca de 15 dias e levar entre dois e três meses para se recuperar. A expectativa, no entanto, é que após isso ele não tenha restrições de saúde.
Em função desse pós-operatório, o Partido Liberal deve suspender a chamada “Rota 22”, um roteiro de viagens para fortalecer a sigla de olho nas eleições de 2026. A previsão era que, em um giro pelo Nordeste, visitaria três cidades do Rio Grande do Norte, em 11, 12 e 13 de abril. Mas o ex-presidente passou mal justamente no primeiro dia de viagem.
“Expectativa é que Bolsonaro tenha uma vida sem restrições, mas o pós-operatório deve durar de dois a três meses. Nossa expectativa é que ele fique pelo menos duas semanas internado. É uma previsão que será reavaliada com a evolução”, concluiu o cirurgião Cláudio Berolini.
Veja o boletim na íntegra:
"O Hospital DF Star informa que o ex-Presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Encontra-se com a pressão controlada e com boa evolução clínica.
Continua em jejum oral e com nutrição parenteral exclusiva. Segue
intensificando diariamente a fisioterapia motora e as medidas de reabilitação. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI."
Fonte: O Tempo