Professores da rede particular de ensino realizam esta semana mais uma rodada de negociações. Está marcado para esta quarta-feira encontro entre o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro) e o Sindicato Patronal da categoria, para discutir a pauta de reivindicação apresentada no final do ano passado. Dentre reajustes salariais e a isonomia do piso salarial para educação básica, os professores pedem para que a data base seja adiada.
De acordo com diretor Regional do Sinpro, Marcos Gennari Mariano, na pauta de reivindicação a categoria pede a mudança da data base, passando do dia primeiro de fevereiro, para o primeiro de abril, assim como já acontece em algumas regiões do Estado. “Neste ponto, o sindicato patronal até concorda com a mudança, mas para o dia 1° de março. Porém, queremos em abril, já que grande parte da categoria está de férias no mês que antecede a atual data base, que é em janeiro, dificultando o encontro para discutir as reivindicações, a partir das propostas que possam surgir durante as negociações”, afirma o sindicalista.
A categoria pede também reajuste salarial de 15% no piso salarial dos professores do Triângulo Mineiro, além da renovação da convenção coletiva, que são todos direitos dos professores, como adicional de tempo de serviço e adicional extraclasse. “A nossa planilha foi composta a partir do INPC de 2011 acrescido de 3% de aumento real e avaliação do PIB dos últimos dois anos, chegando a índice de 14,89%”, explica Marcos. Ele ainda ressalta que já foi realizado um primeiro encontro com o sindicato patronal em dezembro, deixando bem claro que a categoria não aceita ultrapassar a data base sem ter uma negociação fixa, caso contrário será impetrado o dissídio coletivo.
Por falar em sindicato dos professores da rede particular, será realizada esta semana a primeira audiência com uma das instituições de ensino superior que foram acionadas judicialmente pelo Sinpro, pelo não-pagamento de 20% de adicional extraclasse, previstos em convenção coletiva da classe, pelas instituições de educação. De acordo com Marcos, a primeira audiência, marcada para quarta-feira em Uberlândia, será com os representantes da Universidade de Uberaba. (GS)