Policiais Militares mineiros apostam na votação da PEC 300, que estabelece piso salarial para a categoria...
Policiais Militares mineiros apostam na votação da PEC 300, que estabelece piso salarial para a categoria, como resultado dos movimentos grevistas na Bahia e no Rio de Janeiro. Mesmo não estando em greve, eles acreditam que a manifestação promovida pelos colegas dos dois estados pode pressionar os deputados para que a proposta seja votada em segundo turno. Os militares mineiros acreditam que a paralisação não deve atingir os policiais do estado. A Proposta de Emenda à Constituição – PEC 300 fixa o piso salarial nacional para bombeiros e policiais. A proposta foi aprovada pela Câmara em março do ano passado, em primeiro turno, mas ainda precisa ser votada em segundo turno na Câmara, antes de seguir para o Senado. O piso salarial seria de R$ 3.500 para os militares de menor graduação, no caso dos soldados, e de R$ 7.000 para os de maior posto. De acordo com Capitão Ronaldo Campos, diretor regional da União dos Militares de Minas Gerais, alguns deputados, bem como o presidente da Câmara Federal, Marco Maia, defenderam que a decisão de reajustar os salários do funcionalismo público estadual cabe aos Executivos locais, mas com as greves que estão sendo realizadas, a discussão de um piso nacional voltou à tona. “O ideal seria que todos tivessem o mesmo piso e, por isso, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) pediu para que a proposta voltasse à pauta de votação e o piso sirva de parâmetro”, explica. A paralisação não deve atingir os policiais do estado. Segundo Capitão Ronaldo, no ano passado foi feita uma negociação com o governador Antonio Anastasia, que trouxe benefícios à categoria. “Nós estamos um pouco à frente dos outros estados, temos uma política salarial que foi bem negociada, não é o que a gente almejava, mas já é satisfatório. Hoje um soldado está ganhando em torno de R$2.300 e o piso salarial que queremos é em torno de R$4 mil, o que daria ótimas condições ao militar”, explica o capitão, ressaltando que segundo a negociação, os valores vão crescendo, até que em 2015 o salário seja o dobro do atual.