Por enquanto está descartada a participação de uma organização criminosa no atentado
Foto/Divulgação
Adélio Bispo de Oliveira foi preso na tarde de 6 de setembro, logo após esfaquear o então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), que fazia campanha eleitoral em Juiz de Fora
Polícia Federal vai pedir prorrogação de 90 dias do inquérito que apura o atentado contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante as eleições de 2018. O pedido deve ocorrer nesta terça-feira (23). Bolsonaro foi alvo de uma facada no dia 6 de setembro de 2018, durante campanha na cidade de Juiz de Fora. O agressor, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso em flagrante após o incidente. Ele é formado em pedagogia, foi filiado ao PSOL entre 2007 e 2014 e tem passagem na polícia em 2013 por lesão corporal.
A investigação é comandada pelo delegado Rodrigo Morais, da Superintendência da PF em Minas Gerais, e tem previsão para terminar até o fim deste novo prazo. Os investigadores do caso não devem pedir novas prorrogações.
Esses 90 dias devem servir para conclusão das investigações sobre quem teve relação com Adélio Bispo nos últimos anos – no trabalho, locais de moradia, além daqueles que fizeram contato com ele, identificados por meio das quebras de e-mails, telefones e redes sociais.
Os investigadores do caso continuam a vasculhar os últimos cinco anos de vida de Adélio. Uma das informações que corroboram os problemas psicológicos apontados em laudos médicos sobre o agressor é o fato de ele ter trabalhado em mais de 30 empregos fixos, com carteira assinada, no período de cinco anos. Empregadores relataram à PF que, após 10 ou 15 dias de trabalho, Adélio mostrava distúrbios, como isolamento dos outros colegas empregados, além de manter conversas sozinho.
Por enquanto está descartada a participação de uma organização criminosa no atentado, segundo o jornalista Matheus Leitão. Até o momento, a PF sustenta a tese de que Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho.
Leia também: