Contrariando os índices nacionais, pesquisa realizada pelo Procon em setembro do ano passado indica estabilidade nos preços em Uberaba
Alimentar fora de casa pode significar peso no orçamento. Segundo pesquisa realizada por empresa que administra cartões de refeições em todo o país, o prato principal nos restaurantes teve seu valor alterado em mais de 20% nos últimos dois anos. Com isso, a média de preço da refeição é de R$ 26,46.
O preço mais alto foi verificado em São Luiz, no Maranhão, com o prato valendo mais de R$ 36. Já em Uberlândia, a média de preço da refeição está acima de R$ 21.
A empresa não realizou a pesquisa em Uberaba, mas, de acordo com a última pesquisa realizada pelo Procon, em setembro de 2011, o quilo da comida está na faixa de R$ 14,80 a R$ 33,90, durante a semana.
Segundo o coordenador do Procon, José Severino Rosa, o preço do quilo da refeição não apresentou muita diferença. Mesmo assim, a unidade vai realizar nova pesquisa nos próximos dias.
A digitadora Fádula Helena da Silva comenta que não sentiu a diferença no bolso. Ela almoça com frequência em restaurante há mais de um ano e paga, em média, R$ 5 por refeição, junto com o refrigerante. “Eu não senti muita diferença. Desde que comecei a almoçar em determinado restaurante, o valor é o mesmo, mas quando vou a outro estabelecimento, percebo pequena diferença”, ressalta.
A auxiliar administrativa Cinara Tiago também comenta que o preço da refeição se mantém estável na cidade, mas, para conter os gastos pessoais, parou de comprar marmita. Ela e uma amiga de trabalho dividiam as despesas, equivalentes a R$ 80 para cada uma. “Com a divisão, saia mais em conta, pois havia gastos também com a entrega. Mesmo assim, a diferença nos valores não era grande. Entretanto, se fôssemos pegar apenas marmitex, sairia muito mais caro e por isso dividíamos a marmita”, disse.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a refeição ficou em média 10% mais cara em 2011. O motivo está relacionado ao índice de inflação, que ficou em 6,5%, teto da meta oficial do governo. O resultado é o maior desde 2004.