Bebê reborn e perfil da boneca no Instagram motivou briga judicial (Foto/Reprodução/Pixabay)
Uma advogada foi procurada recentemente para lidar com um caso inusitado: a regulamentação da situação de uma bebê reborn após o término do relacionamento de um casal. O impasse envolve questões de convivência e divisão de custos relacionados à boneca, além da administração de um perfil no Instagram dedicado a ela, que gera renda por meio de publicidade, foi compartilhado nas redes sociais.
Segundo relato da advogada Suzana Ferreira, o desafio legal surgiu quando a relação do casal chegou ao fim, e a bebê reborn, adquirida por um valor significativo e com um enxoval específico, tornou-se um ponto de discórdia. Uma das partes, apegada emocionalmente à boneca, recusa-se a substituí-la por outra, enquanto questões financeiras emergem sobre a divisão dos custos já investidos e o perfil de Instagram da boneca.
"Fui procurada por uma 'mãe' de uma bebê reborn para regulamentar a situação da bebê dela, porque ela constituiu uma família, e a bebê reborn faz parte da família. O relacionamento não deu certo e a outra parte insiste em conviver com a bebê reborn pelo apego emocional que teve nela. Me foi dito que outra bebê não solucionaria a questão, pelo apego emocional que já existe com aquela", compartilhou a advogada.
Suzana expressou preocupação com o impacto de casos como esse no judiciário. "Essa questão das redes sociais é muito séria. A administração do Instagram da bebê virou um ponto de conflito patrimonial real. O Instagram é um ativo digital, um bem patrimonial, e como ele está gerando lucro. (...) Essa foi a questão: quem tem a guarda da bebê reborn para poder administrar o Instagram?", questionou.
"Eu fiquei muito pensativa com esse atendimento. Como o poder judiciário vai receber essas demandas que, por mais inusitadas que pareçam, são demandas reais", declarou ainda através das redes sociais. A advogada ainda questionou "a que ponto a sociedade chegou", mas destacou que demandas do tipo ainda são reais, principalmente se tratando do meio digital.
Fonte: O Tempo