Ele observa que o Nordeste brasileiro, onde a cana historicamente teve inicio, apresenta clima desértico. De acordo com ele, a cana provoca a desertificação, porque ...
Segundo o advogado e presidente do PSTU, Adriano Espíndola, os donos de usinas e os defensores da ampliação da área alegam que o plantio e a colheita estão mecanizados e, com isto, estão diminuindo os malefícios ao meio ambiente e à população. No entanto, danos como a contaminação dos lençóis freáticos, compactação do solo, entre outros, continuam ocorrendo.
Ele observa que o Nordeste brasileiro, onde a cana historicamente teve inicio, apresenta clima desértico. De acordo com ele, a cana provoca a desertificação, porque exige muito do solo e também de água. “A cultura não absorve apenas a água do solo, mas também da atmosfera. Isto provoca perda da qualidade de vida para a população”, ressalta, incluindo que a produção da cana é uma atividade extremamente rentável, mas que fica restrita nas mãos de pouquíssimos proprietários de usinas.
A terapeuta ocupacional e ativista Angélica Carvalho ressalta que é necessário fazer um levantamento completo na área da Saúde, pois os trabalhadores que estão atuando na lavoura geralmente são de outros municípios. Com isto, podem ocorrer impactos. “É necessário mostrar os comparativos da área da Saúde à população, para verificar se existe impacto direto. Cadê as pesquisas para mostrar os tratamentos nos hospitais? Temos falta destes comparativos. A população acha que não tem impacto direto. Ela acha que está relacionado ao ambiente e meio ambiente. Este assunto é muito mais amplo”, observa. (JFS)