Ao contrário do que muitos imaginam, o tênis deixou de ser um esporte elitizado. É o que garante o diretor do departamento profissional da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), José Pedro Carvalho. “Já foi. As coisas melhoraram muito. Hoje, com R$ 120, os pais conseguem manter um jovem praticando tênis. Este custo já foi muito maior. Existem muitas academias que oferecem aulas por preços bastante acessíveis e a própria CBT tem trabalhado para popularizar o tênis”, esclareceu.
Para Zé Pedro, o ex-tenista Gustavo Kuerten ajudou a expandir o esporte no país e o surgimento de um novo ícone pode dar ao esporte uma proporção ainda maior.
“Tivemos um problema político e as pessoas não estavam preparadas para receber um tenista como o Guga. Hoje, existe um preparo e uma filosofia. Estamos caminhando para o desenvolvimento com a criação da escola de tênis brasileira, como existe na Argentina, Espanha e em outros países”, afirmou.
No Brasil, o tênis está entre os três esportes com maior número de praticantes. Em Uberaba, apenas no Centro de Treinamentos do Jockey Clube são oito atletas em atividade - dois da cidade e seis de outros estados, como São Paulo. No mundo, são 1.778 jogadores profissionais, sendo 85 brasileiros e para o diretor da CBT, os dados são animadores.
“Hoje em dia as pessoas praticam tênis por lazer e tem gente jogando em qualquer lugar, principalmente nas quadras poliesportivas, que estão sendo aproveitadas. Não de uma forma estrondosa, como o futebol, mas a certeza é quanto mais pessoas praticando, maior a possibilidade de surgir um novo talento e jogadores ainda melhores”, finalizou.