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Incêndio no Ninho do Urubu: Ministério Público requer condenação de 7 envolvidos

Agência Estado
Publicado em 13/05/2025 às 08:16
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Tragédia que matou 10 adolescentes no Ninho do Urubu em 2019 segue com julgamento (Foto/Tomaz Silva/Agência Brasil)

Tragédia que matou 10 adolescentes no Ninho do Urubu em 2019 segue com julgamento (Foto/Tomaz Silva/Agência Brasil)

Reportagem do jornalista Carlos Palermo, da Super Rádio Tupi (RJ), revelou neste domingo (11) que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) formalizou o pedido de condenação dos réus envolvidos no incêndio que matou dez adolescentes e feriu outros três no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, em 2019. A solicitação foi apresentada à 36ª Vara Criminal da Capital, responsável pelo caso. O órgão entende que houve negligência grave por parte dos responsáveis pelo espaço onde os jovens estavam alojados.

Entre os denunciados estão gestores e funcionários ligados à estrutura do centro de treinamento, como Antonio Marcio Mongelli Garotti, Marcelo Maia de Sá, e Claudia Pereira Rodrigues, além de profissionais técnicos, como Edson Colman da Silva, contratado para cuidar da manutenção dos aparelhos de ar-condicionado — apontados como a provável origem do incêndio. Dos 11 inicialmente processados, quatro foram retirados do polo passivo: dois por ausência de vínculo com o clube na época da tragédia, um absolvido sumariamente e outro com processo arquivado por prescrição.

Nos documentos entregues à Justiça, o MPRJ sustenta que a tragédia poderia ter sido evitada. O centro funcionava sem alvará, desrespeitando interdições anteriores e ignorando exigências do Corpo de Bombeiros. Os contêineres usados como alojamento apresentavam falhas estruturais que impediram a fuga das vítimas, como portas emperradas, janelas com grades e total ausência de sistemas de combate a incêndio. Segundo o laudo técnico, o foco do incêndio foi um aparelho de ar-condicionado sem manutenção preventiva adequada.

Para o Ministério Público, os réus falharam no dever de proteger os adolescentes sob sua responsabilidade, contribuindo diretamente para o cenário que resultou na tragédia. Diante da gravidade das omissões e das provas reunidas, o órgão reforçou o pedido de responsabilização penal dos envolvidos, alegando que o risco era previsível e poderia ter sido contido com medidas básicas de segurança.

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