ESCOLA ESTADUAL

Superintendente de Educação rechaça afirmações sobre mau uso do imóvel da Escola Castelo Branco

Dandara Aveiro
Publicado em 24/04/2025 às 14:35Atualizado em 24/04/2025 às 17:00
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A Escola Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, uma das instituições de ensino mais tradicionais de Uberaba, é alvo de reclamação sobre má utilização do espaço físico do imóvel. No entanto, a superintendente regional de Educação, Vânia Célia Ferreira, rechaça essas afirmações e posiciona que essa não é a realidade atual.

Em entrevista ao programa JM News, da Rádio JM, Vânia esclareceu que, embora existam quatro salas atualmente interditadas por problemas estruturais, como infiltrações e danos no telhado, agravados pelas características da construção original, a escola funciona com carga horária integral nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio profissionalizante. “Hoje, o Castelo Branco oferece tempo integral do 6º ao 9º ano, além do Ensino Médio profissionalizante, também nos dois períodos. Pela manhã, praticamente não há salas ociosas, apenas uma, se houver. Já à tarde, há mais disponibilidade, pois os alunos do ensino regular, que não permanecem em tempo integral, deixam a escola”, explica a superintendente.

Vânia Célia também destacou que, apesar das dificuldades enfrentadas ao longo dos anos, a Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) tem atuado de forma contínua na manutenção e revitalização do espaço. “A escola passou muito tempo com problemas estruturais por falta de investimentos e gestão. Hoje, temos quatro salas interditadas, mas já há previsão de reforma para recuperação desses espaços. Temos acompanhado muito de perto, porque um prédio como aquele, ficar como está, com poucos alunos, não compensa. Por isso, temos realizado um trabalho, desde 2019, para revitalização da escola e reforma no que é necessário fazer. Pois a estrutura da escola está bastante comprometida”, afirmou.

A superintendente ressaltou ainda que, além do tempo integral que gerou uma redução no número de matrículas, fatores como a localização central — região onde a população tem envelhecido — e a presença de diversas outras opções de ensino no entorno corroboram para a menor demanda por vagas.

As discussões sobre o aproveitamento do espaço também motivaram uma proposta de transferência temporária de estudantes da Escola Municipal Uberaba para o prédio do Castelo Branco. A ideia surgiu após parte do telhado da Escola Uberaba ser interditada por problemas estruturais, mas gerou debates entre pais e professores.Segundo Vânia, a proposta considerava que o Castelo Branco teria estrutura e segurança para acolher os alunos. No entanto, após avaliação da SEE-MG, constatou-se que a escola não teria capacidade para receber toda a demanda. A ideia, portanto, foi suspensa, e os estudantes permaneceram na unidade de origem.

Tradição e arquitetura histórica

Fundada há 141 anos, a Escola Estadual Castelo Branco tem uma trajetória marcante na educação de Uberaba. Criada em 1881 como Escola Normal de Uberaba, foi reinaugurada em 1948 com o nome de Escola Normal e Ginásio Estadual de Uberaba. Em 1959, passou a ocupar o prédio atual, projetado por Oscar Niemeyer — o que reforça seu valor não apenas educacional, mas também arquitetônico e histórico para o município.

Diante disso, a SEE-MG idealizou uma nova proposta que prevê uma reforma geral, respeitando as características originais do edifício. Entretanto, o projeto original sofreu alterações durante sua execução, o que levou o arquiteto carioca a optar por não assinar a obra, conforme explicou a superintendente regional. Ainda assim, há um acompanhamento da Secretaria para que seja realizada, em breve, uma revitalização completa do espaço.

“É um projeto do Oscar Niemeyer que não foi reconhecido, porque fizeram uma adequação que não constava na proposta original, e o arquiteto não quis assinar. Mas a gente vai continuar batalhando para o Castelo Branco brilhar novamente e que a comunidade volte a acreditar que a escola está bem e em constante melhoria”, finalizou Vânia Célia.

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