MOVIMENTO

Realizado em 2022, mapeamento LGBT+ ainda não teve resultado divulgado

Rafaella Massa
Publicado em 04/02/2024 às 18:52
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Militante na causa LGBT+, Coletivo Beth Pantera lamenta a falta de divulgação do mapeamento da comunidade, realizado em 2022. Segundo a coordenadora do movimento, somente a primeira parcial foi divulgada, sendo que o resultado final da coleta de dados não foi levado ao conhecimento público 

Ao Jornal da Manhã, Freitas aponta que as informações poderiam e deviriam ser utilizadas para políticas públicas voltadas ao público LGBT+. No entanto, mais de um ano após a realização da pesquisa, ainda não se tem notícia da apuração do material. 

“O coletivo, no ano de 2022, junto com a coordenadoria, fez o mapeamento LGBTQIAPN+ da cidade de Uberaba. Só que, esse mapeamento, simplesmente foi feito, pouco divulgado, e depois a gente não teve nenhum acesso ao resumo, ao relatório desse levantamento, para a construção de políticas públicas. Então, houve o levantamento, porém a gente não teve a curadoria dele, a gente não sabe o que saiu daquele levantamento, porque isso está tudo lá ao poder da Coordenadoria (de Políticas Públicas de Uberaba)”, alega a Angélica Freitas. 

Ela afirma que o projeto do mapeamento foi idealizado em 2021 e realizado em 2022. “A Coordenadoria fez alguns cartazes e, eu entendo que o cartaz colado em lugares específicos, como o CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), Unidade de Saúde, a gente ainda não atinge o público. Eu acho que faltou uma mobilização na internet, ou até em mídia mesmo, na questão de mostrar que esse levantamento estava no ar, para a gente ter maior acesso”, pontua.

O mapeamento foi lançado em agosto de 2022 e foi suspenso ainda no mesmo mês devido à necessidade de um parecer positivo do Comitê de Ética. No mesmo mês, o projeto foi retomado e a primeira parcial deu conta de que em apenas 18 dias no ar, 322 pessoas responderam ao questionário. As próximas informações divulgadas foram noticiadas em matéria do Jornal da Manhã e pontuam sobre a saúde mental da população LGBT+.   

A reportagem do JM entrou em contato com a Prefeitura de Uberaba em busca de um posicionamento sobre as alegações. Em nota, a Prefeitura confirma que o mapeamento do público LGBT+ foi realizado pelo professor Dr. Rafael Di Tilio, a convite da Coordenadoria de Políticas LGBT+ de Uberaba, por meio de parceria entre a própria coordenadoria e o grupo Beth Pantera, que contribuíram com sua elaboração. Nota ainda aponta que os dados foram disponibilizados para a gestão pública e o grupo, por meio de e-mail e encontros presenciais. 

“A gestão pública utilizou-se destes dados para a criação do CRESP (atendimento em saúde LGBT+). Está utilizando no plano de trabalho para a criação do Centro de Referência em Atendimento LGBT+. Importante ressaltar que este mapeamento faz parte do plano de governo da gestão (estava em seu plano de trabalho), sendo a parceria com a sociedade civil fundamental”, finaliza nota. 

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