A presidente da Asjuc explica que eles estão sem reajuste, não receberam a gratificação garantida pelo Estado no acordo de 2015
Servidores da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais em Uberaba aderiram a movimento grevista da categoria. A paralisação por tempo indeterminado teve início no dia 28 de agosto e, de acordo com a Associação dos Servidores da Jucemg (Asjuc), em todos os escritórios existem funcionários que aderiram ao movimento. Em alguns deles a adesão foi geral e as portas estão fechadas.
A presidente da Asjuc, Alessandra Araújo, explica que eles estão sem reajuste, não receberam a gratificação garantida pelo Estado no acordo de 2015 e lutam para manter a atual política do vale-alimentação, que está prestes a mudar. “Além de algumas questões internas, que os servidores reclamam muito, de que há cobrança exagerada por parte da chefia e dirigentes, não há negociação para metas, questões impostas de forma arbitrária ao servidor, por exemplo”, explica Alessandra.
Segundo Alessandra, no Estado são cerca de 180 funcionários da Jucemg, e destes, 70% aderiram ao movimento. “Temos servidores parados em todos os escritórios, inclusive no de Uberaba, onde a adesão não foi geral, mas existem vários grevistas. Essa primeira semana do movimento foi proveitosa, já surtiu efeito. Na semana que vem será realizada audiência pública na Assembleia Legislativa e já foi publicada a Portaria para Comissão de Carreira. Agora, esperamos que o governo nos chame para negociação”, afirma.
Resposta. Para esclarecimento, a Jucemg publicou em seu site um comunicado, relatando que se empenhou junto à Asjuc para evitar a paralisação dos serviços. O comunicado diz ainda que, diante da situação financeira pela qual passa o Estado, se torna absolutamente inviável qualquer reajuste salarial diante das restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Em respeito à sociedade, a Jucemg afirma que todas as ações estão sendo tomadas para assegurar a normalidade dos trabalhos e o respeito aos prazos legais.