Dezessete dias depois de ter entrado em operação a nova concessionária de transporte coletivo em Uberaba, as reclamações dos usuários ainda continuam. Ao todo, até agora, a ouvidoria do serviço registrou cerca de 90 manifestações, desde o dia 13, quando a Líder começou a operar.
Segundo Josimar Rocha, ouvidor do transporte coletivo, as reclamações dizem respeito tanto a Transmil, quanto a Líder, porém, a proporção é maior para a nova empresa, sendo de 66% contra 33%. “Atraso e superlotação, são as principais queixas”, afirma.
De acordo com a cuidadora Maria Aparecida Diniz, no domingo ela e outros usuários tiveram que aguardar cerca de 1h pelo circular da linha Alfredo Freire, feita pela Transmil. “Não foi a primeira vez que aconteceu. Em outras circunstâncias, já ocorreu do ônibus passar, o motorista acenar em sinal negativo e não fazer a parada. E nem sempre estão cheios”, afirma a cuidadora, que reclama por estar chegando atrasada no emprego constantemente, em decorrência dos horários irregulares.
Ainda segundo Maria Aparecida, neste dia, muitos usuários que também aguardavam o ônibus na linha, optaram por usar um táxi para chegar aos seus destinos. “Se temos duas empresas na cidade de transporte público, não há fundamento o cidadão ter que pagar por um serviço privado. Houve declarações de autoridades que a concorrência iria melhorar para o usuário, mas com esses horários irregulares, o usuário é o único que não tem benefício algum”, afirma.
No bairro Residencial 2000, linha operada pela Transmil, atrasos e ônibus que não pára no ponto, também estão sendo motivos de reclamações. “No domingo, fiquei no ponto esperando mais de uma hora, e o ônibus não passou. E quando passa, há vezes que o motorista não pára”, afirma a manicura Noranei Trindade Siqueira.
Josimar Rocha conta que, apesar do fato, o número de reclamações registradas na ouvidoria tem diminuído, quando comparado às duas semanas atrás, quando a Líder assumiu o transporte na cidade. “Porém, já estamos trabalhando para apurar junto às equipes de tráfego da empresa, o motivo pelo qual os motoristas não estão pegando os passageiros”, afirma.