Com a chegada oficial do inverno às 23h42 desta sexta-feira (20), os mineiros já começam a sentir não apenas o frio, mas também o peso maior na conta de luz. Junho trouxe uma combinação de fatores que vão impactar diretamente o bolso do consumidor: além da bandeira vermelha patamar 1, a Cemig reajustou em 7,36% a tarifa para clientes residenciais desde o fim de maio.
O aumento na cobrança da conta de luz neste mês é resultado de dois fatores distintos. O primeiro é a adoção da bandeira vermelha patamar 1, definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), devido à queda no volume de chuvas, o que reduziu a produção nas hidrelétricas e exigiu o acionamento de usinas termelétricas, que têm custo de geração mais alto. Com isso, há uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. O segundo fator é o reajuste anual da tarifa da Cemig, também autorizado pela Aneel, que elevou em 7,36% o valor para clientes residenciais desde o dia 28 de maio. “O cliente da companhia vai perceber o reajuste total a partir da fatura de junho com vencimento em julho de 2025, pois parte do consumo ainda será cobrada com a tarifa anterior”, explica Giordano Bruno Braz de Pinho Matos, gerente de Regulação da Cemig.
Nesse cenário, especialistas reforçam a necessidade de adotar medidas simples de economia de energia, especialmente durante o inverno, quando o uso de aparelhos como chuveiros elétricos e aquecedores costuma aumentar. Segundo o analista de Eficiência Energética da Cemig, Filipe Randazzo, ajustes no tempo de banho podem gerar economia significativa. “Se o banho de 12 minutos for reduzido para 8 minutos, o consumidor pode economizar até R$ 48,04 por mês”, destaca.
A geladeira também entra na lista dos vilões do consumo. A substituição de um aparelho antigo por um novo com Selo Procel pode reduzir a conta em até R$ 19,87. Para quem não pode trocar o equipamento imediatamente, Randazzo recomenda práticas simples como evitar abrir a porta sem necessidade e manter a borracha de vedação em boas condições.
Outro ponto de atenção está na iluminação. A troca de lâmpadas fluorescentes compactas por modelos LED pode gerar economia de R$ 7,35 mensais em uma residência com 12 lâmpadas ligadas por três horas diárias. “Além de consumirem menos energia, as lâmpadas LED têm vida útil mais longa, trazendo economia a longo prazo”, observa o analista.
Já o ar-condicionado, muito usado em algumas regiões mineiras mesmo no inverno, exige atenção redobrada. Um modelo com classificação A pode consumir até R$ 145,70 por mês se usado seis horas por dia. Reduzir o tempo de uso ou optar por modelos com tecnologia inverter e programação automática pode cortar essa despesa pela metade. Além disso, manter filtros limpos e utilizar o aparelho em temperaturas moderadas também contribui para a eficiência e evita o desperdício de energia.